IMPRENSA
Televisões lusófonas assinam acordos com Teledifusão de Macau

13/09/2023 10h13
Macau – Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe assinaram, terça-feira, acordos de cooperação com a Teledifusão de Macau (TDM) para a obtenção de conteúdos audiovisual sobre a China em português.
A televisão pública do estado do nordeste do Brasil (TVE Bahia), também vai assinar hoje, quarta-feira, um acordo semelhante com a TDM, segundo o seu director-geral, Flávio Gonçalves, e que iria aproveitar a oportunidade para conversar com os representantes das televisões africanas no sentido de trocar conteúdo entre Bahia e África”.
Os acordos prevêem ainda um apoio financeiro da TDM aos canais de língua portuguesa e a possibilidade de projectos de co-produção.
O cônsul-geral de Angola em Macau, Eduardo Velasco Galiano, assinou o acordo em nome da Televisão Pública de Angola (TPA), e explicou à Lusa que os representantes dessa estação televisiva não puderam viajar para aquela cidade, devido à ausência de um visto que lhes permitisse fazer trânsito em Hong Kong.
O director de informação do canal público de São Tomé e Príncipe, Nelson Tavares Silva, disse a imprensa que os acordos prevêem a troca de conteúdo, algo que já está a acontecer “há algum tempo” entre a TDM a televisão santomense (TVS).
Nelson Tavares Silva acrescentou que a TVS tem vindo a transmitir programas traduzidos para a língua portuguesa pela emissora de Macau, sobre temas como “a cultura chinesa e o avanço tecnológico que se verifica na China”.
Por seu turno, a administradora executiva da Radiotelevisão Cabo-verdiana (RTC), Margarida Fontes, afirmou que a China “é um mundo fantástico, mas desconhecido ainda para o público do seu país.”
“Temos cada vez mais interesse em receber documentários culturais, históricos sobre as várias regiões da China, para também instruir as nossas audiências”, ressaltou Margarida Fontes.
Para o administrador executivo da Televisão de Moçambique (TVM), António Mugabe, a prioridade é a cooperação na formação de pessoal.
“Estamos a empreender uma nova dinâmica nesta área da produção de programas e temos gente nova na televisão que precisa de ter formação”, explicou António Mugabe.
Nelson Tavares Silva também sublinhou que a formação de pessoal é algo que a TVS “precisa e muito”, num momento em que a televisão de São Tomé e Príncipe está em processo de transição do analógico para o digital.
O programa da cerimónia de terça-feira incluía ainda a assinatura de um acordo de cooperação com a Televisão da Guiné-Bissau (TGB), algo que não aconteceu, porque o director-geral da televisão estatal guineense, Tengna Na Fafe, que fazia parte da lista de convidados, não esteve presente na cerimónia, segundo a Lusa.