Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, sábado, em Dubai, que Angola tem necessidades de financiamento climático num valor estimado em 44 mil milhões de dólares para estimular a sua agenda de crescimento verde, no período 2021-2025, segundo um resumo informativo do CIPRA.

O Chefe de Estado angolano que falava na qualidade de Presidente em Exercício da SADC, alertou que "os 27 mil milhões de dólares indicativos para a implementação da Iniciativa da Grande Muralha Verde da SADC não estão nem perto das necessidades de financiamento na região”, pelo que sugeriu o aumento do orçamento para o efeito.

“Só Angola tem necessidades de financiamento climático de 44 mil milhões de dólares para 2021-2025 para estimular a sua agenda de crescimento verde", daí acrescentar, acto contínuo, que "os 27 mil milhões de dólares indicativos para a implementação da Iniciativa da Grande Muralha Verde da SADC não estão nem perto das necessidades de financiamento na região, portanto precisamos de aumentar o nosso orçamento", lê-se no texto distribuído pelo CIPRA.

João Lourenço, que falava na qualidade de Presidente em Exercício da SADC, orientou na cidade do Dubai os trabalhos de uma reunião de alto nível sobre a Iniciativa da “Grande Muralha Verde da África Austral”, sob o lema "Ampliando uma ambição africana para resolver as questões mais prementes do mundo".

Na ocasião, o líder angolano referiu que um estudo panorâmico do financiamento climático em África estima que o continente necessita de 277 mil milhões anualmente para implementar as suas contribuições nacionais determinadas e cumprir as metas climáticas para 2030.

A iniciativa da “Grande Muralha Verde da SADC” foi aprovada pela reunião dos ministros do Ambiente e dos Recursos Naturais da região em 2015, conforme fez questão de lembrar o Presidente João Lourenço, numa intervenção feita na abertura do evento.