RDC
Supostos agentes da CIA presos por envolvimento no golpe de estado na RDC

27/05/2024 04h27
Kinshasa - Três americanos foram presos na República Democrática do Congo (RDC) por seu suposto envolvimento na tentativa fracassada de golpe de Estado, há oito dias, segundo jornal britânico Daily Mail.
Os homens foram detidos na sequência de um tiroteio na capital, Kinshasa, e acredita-se que sejam agentes da CIA, embora o Governo norte-americano tenha negado qualquer envolvimento oficial.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram dois dos homens detidos, que se pensa serem norte-americanos, a pedir misericórdia enquanto estão cercados pelas forças congolesas.
Os homens pareciam ensanguentados e agredidos, sentados no chão após a tentativa fracassada de golpe, segundo uma reportagem do jornal Daily Mail.
Entretanto, a embaixadora dos EUA na República Democrática do Congo, Lucy Tamlyn, manifestou choque e preocupação com os acontecimentos, tendo assegurado que estava a cooperar com as autoridades da RDC, responsabilizando qualquer cidadão americano envolvido, acrescentou.
Os militares da RDC identificaram o líder do golpe como Christian Malanga, um ex-refugiado de 41 anos educado nos EUA, e que se naturalizou americano. Malanga, juntamente com seu filho Marcel, estava entre os presos pelos militares.
O general Sylvain Ekenge, porta-voz dos militares da RDC, anunciou na televisão nacional que a tentativa de golpe foi frustrada e que cerca de 50 pessoas, incluindo três norte-americanos, foram detidas e estão actualmente a ser interrogadas.
Ainda de acordo com Daily Mail Imagens mostraram paramilitares fortemente armados, incluindo indivíduos com bandeiras dos EUA em seus uniformes, chegando ao gabinete do presidente no “Palais de la Nation”.
O grupo, supostamente composto por várias nacionalidades, incluía um súdito britânico naturalizado que era o segundo em comando.
Alem do Palais de la Nation, a tentativa de golpe teve como alvo as casas de figuras importantes do governo, incluindo o ministro da Economia, Vital Kamerhe, e o ministro da Defesa, Jean-Pierre Bemba, mas os insurgentes não conseguiram localizar as respectivas residências.