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Violência no Quénia preocupa União Africana

Violência no Quénia preocupa União Africana
Violência no Quénia preocupa União Africana Imagens: DR

Redacção

Publicado às 07h44 26/06/2024

Addis Abeba - A União Africana exprimiu, segunda-feira, "profunda preocupação" pela violência no Quénia, onde protestos contra impostos foram marcados pela morte de pelo menos 17 pessoas, e instou o país a "manter a calma e a abster-se de novos actos de violência".

Em comunicado, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, exprimiu a sua "profunda preocupação com as explosões de violência que se seguiram às manifestações públicas e que provocaram perdas de vidas e danos materiais", enquanto a polícia é acusada de ter reprimido estas manifestações disparando munições reais.


Antes, o Presidente queniano, William Ruto, condenou o "ataque sem precedentes" à democracia no país, após o assalto ao parlamento em Nairobi durante uma manifestação de protesto contra a subida de impostos na qual terão morrido pelo menos 17 pessoas.


Numa mensagem dirigida à Nação, William Ruto condenou o que considerou ser "um ataque" à democracia, ao Estado de direito e às instituições e comprometeu-se a reprimir firmemente "a violência e a anarquia".

Ocidente "profundamente preocupado" com violência nas manifestações no Quénia

Os Estados Unidos da América e mais de uma dezena de países europeus, incluindo a Alemanha, a França e o Reino Unido, declararam esta terça-feira estar “profundamente preocupados” com a violência no Quénia.

Em Washington, a Casa Branca condenou “a violência em todas as suas formas” e apelou à calma, disse uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

“Os Estados Unidos estão a acompanhar de perto a situação em Nairobi”, acrescentou.

Cerca de cinco pessoas morreram esta terça-feira nas manifestações contra os planos do governo para novos impostos, e o aumento de outros, actualmente em debate no parlamento, segundo organizações não-governamentais (ONG), presentes no local, e 31 ficaram feridas.

As organizações Não-governamentais acusam a polícia de ter disparado munições reais, balas de borracha e gás lacrimogéneo.

A imprensa internacional diz que a irmã do antigo Presidente norte-americano Barack Obama, Auma Obama, presente nas manifestações estava a prestar declarações à CNN quando foi vítima do lançamento de gás lacrimogéneo, que a cegou temporariamente.

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