PAZ

Angola na posição 72 do Índice Global da Paz

Monumento da Paz em Angola - DR
Monumento da Paz em AngolaImagem: DR

12/06/2024 12h15

Sidney - Angola ocupa a septuagésima segunda posição no Índice Global da Paz do Instituto para Economia e Paz, com sede em Sidney, na Austrália, e é o país lusófono em África melhor colocado.

O estudo divulgado esta terça-feira revela que, em 2024, 97 países viram deteriorar-se a sua situação em termos de paz, mais do que em qualquer ano, desde a criação do Índice de Paz Global, em 2008.

De acordo com notícia da VOA, Angola ocupa a 72ª posição, seguido da Guiné-Bissau, na posição 85 e de  Moçambique na posição 105, entre 163 países avaliados.

O Brasil ocupa o lugar 135, enquanto Cabo Verde e São Tomé e Príncipe não foram analisados.

Os conflitos em Gaza e na Ucrânia foram os principais impulsionadores da redução do Índice Global da paz, com as mortes em combate a ascenderem a cerca de 162 mil, em 2023.

O documento diz que 92 países estão atualmente envolvidos em conflitos para além das suas fronteiras, mais do que em qualquer momento desde a criação do índice.

A América do Norte registou a maior deterioração regional, impulsionada pelo aumento da criminalidade violenta e pelo medo da violência.

A África Subsaariana é a segunda região menos pacífica, atrás do Médio Oriente e do Norte de África, com três dos dez países menos pacíficos do mundo encontrados na região.

O Norte de África enfrenta várias crises de segurança, em particular o aumento da agitação política e do terrorismo na região do Sahel Central.

O impacto económico global da violência aumentou para 19,1 mil milhões de dólares em 2023, o que representa 13,5 por cento do Produto Interno Bruto global. A exposição a conflitos representa um risco significativo na cadeia de abastecimento para governos e empresas, esclarece o documento.

A militarização registou a maior deterioração anual desde o início da publicação do índice, com 108 países a tornarem-se mais militarizados, enquanto 110 milhões de pessoas são refugiadas ou deslocadas internamente devido a conflitos violentos, sendo que 16 países acolhem actualmente mais de meio milhão de refugiados.

Existem actualmente 56 conflitos, o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.

A Islândia continua a ser o país mais pacífico, posição que ocupa desde 2008, seguida pela Irlanda, Áustria, Nova Zelândia e Singapura, estando no fim da lista o Iémen, que substitui o Afeganistão como o país menos pacífico do mundo, antecedido pelo Sudão, Sudão do Sul, Afeganistão e Ucrânia.

O Médio Oriente e o Norte de África continuam a ser as regiões menos pacífica, onde se localizam quatro dos dez países menos pacíficos do mundo e dos dois menos pacíficos, Sudão e Iémen.

Embora a maioria dos indicadores de tranquilidade se tenha deteriorado, ao longo dos últimos 18 anos, houve uma melhoria na taxa de homicídios, que caiu em 112 países, enquanto a percepção da criminalidade melhorou em 96 países.

Steve Killelea, fundador e presidente executivo do Instituto para Economia e Paz, disse que “na última década, a tranquilidade diminuiu em nove dos dez anos”, e assiste-se a um número recorde de conflitos, a um aumento da militarização e a uma maior concorrência estratégica internacional.

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