ONU
Fome severa atinge mais de 20 milhões de pessoas na Africa Austral

30/08/2024 22h56
Genebra - Mais de 20 milhões de pessoas enfrentam uma situação de fome severa em Moçambique, Angola,Madagáscar, Malawi, Zimbabué,Zâmbia, Namíbia, Eswatini, Tanzânia, Lesoto e Botsuana, alertaram hoje as Nações Unidas.
"As Nações Unidas e os nossos parceiros lançaram apelospara ajuda a quatro países afectados pelo El Niño - incluindo Moçambique,Malawi,Zâmbia eZimbabué - com o objectivo de poder ajudar14,5 milhões de pessoas", recorda a organização.
De acordo com oEscritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), aÁfrica Austral a sofrer grave insegurança alimentar devido a uma seca induzida pelo fenómeno meteorológico El Niño.
A OCHA refere ainda, em comunicado disponível no Site desta agência, que mais de 1,1 milhões de crianças com menos de cinco anos estão a sofrer de desnutrição aguda grave em 12 países.
Esta situação ocorre numa altura em que várias partes da região austral de Áfricaforam afectadas pelo pior período de seca dos últimos 100 anos.
Este ano, oFundo Central de Resposta de Emergênciadas Nações Unidas (CERF) atribuiu 29,4 milhões de dólares (cerca de 26,9 mil milhões) para a resposta à seca na África Austral, que inclui uma actuação emAngola,Madagáscar, Zimbabué, Malawi, Zâmbia e, mais recentemente, Namíbia.
Entretanto, a OCHA também informa, no seu Site, que as Nações Unidas liberaram nesta sexta-feira US$ 100 milhões do Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF) para lidar com emergências criticamente subfinanciadas em 10 países da África, Américas, Ásia e Médio Oriente.
De acordo com a informação, mais de um terço desse financiamento irá para o Iémen e a Etiópia, com o restante indo para Mianmar, Mali, Burkina Faso, Haiti, Camarões, Moçambique, Burundi e Malawi.
O financiamento do CERF é uma injecção de dinheiro de emergência de último recurso para evitar o pior e salvar vidas quando outros fundos humanitários são inadequados, disse a subsecretária-geral interina para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya.
A alta funcionária da ONU enfatizou a necessidade urgente de maior e sustentada atenção dos doadores a essas crises subfinanciadas.