África

África


PUBLICIDADE

Presidente do Senegal dissolve parlamento e marca novas legislativas

Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye
Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye Imagens: DR

Redacção

Publicado às 11h24 13/09/2024 - Actualizado às 11h24 13/09/2024

Dakar - O Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, dissolveu, esta quinta-feira, o Parlamento, actualmente dominado pela oposição, e marcou novas eleições legislativas para 17 de Novembro próximo.

“Dissolvi a Assembleia Nacional para pedir ao povo soberano os meios institucionais que me permitam dar corpo à transformação sistémica que lhes prometi”, declarou Bassirou Faye, na televisão nacional.

“Hoje, mais do que nunca, chegou o momento de abrir uma nova fase do nosso mandato”, declarou o Chefe de Estado, de 44 anos de idade.

Bassirou Faye venceu as eleições presidenciais, em Março de 2024, com a promessa de uma mudança radical para a nação da África Ocidental.

Juntamente com o seu Primeiro-Ministro, Ousmane Sonko, Bassirou Faye candidatou-se com a promessa de soberania e pan-africanismo de esquerda, aumentando as esperanças dos jovens num país onde três quartos da população tem menos de 35 anos.

Mas a acção do governo tem sido até agora dificultada pela falta de maioria no parlamento.

De acordo com a Constituição senegalesa, Bassirou Faye pode dissolver o parlamento, dominado pela oposição, a partir de 12 de Setembro e convocar eleições legislativas antecipadas, o que lhe poderia dar a maioria necessária para implementar a sua agenda política.

No seu discurso, Faye afirmou que “a promessa de uma colaboração franca com a maioria parlamentar... era uma ilusão”.

“Decidiu (o Parlamento) virar as costas ao povo para prosseguir o seu culto de obstrução, bloqueando assim o projecto para o qual fui eleito”, afirmou.

Citou, em particular, a gestão das finanças públicas, durante o mandato do seu antecessor, Macky Sall, alegando “excessos deliberadamente ocultos” de despesas.

Acrescentou que em breve será publicado um relatório, aprovado pelo Tribunal de Contas do Senegal.

PUBLICIDADE