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UA defende práticas agrícolas resistentes ao clima

Josefa Sacko
Josefa Sacko Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 20h12 14/09/2024 - Actualizado às 20h12 14/09/2024

Cuiabá( Brasil) - A Comissária da União Africana Josefa Sacko defendeu sexta-feira, na cidade de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso (Brasil), a necessidade de práticas agrícolas resistentes ao clima, serviços de informação climática e programas de seguro agrícola para apoiar os agricultores.

Ao intervir na reunião ministerial do G-20 sobre agricultura, que decorreu até hoje, sábado, a diplomata considerou ser importante também a promoção e adopção de práticas agroecológicas, que priorizem a saúde do solo, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, bem como de práticas sustentáveis de gestão da água, incluindo a recolha e conservação da água.

Sublinhou que a União Africana identifica-se com o reconhecimento do papel essencial dos agricultores familiares, dos pequenos proprietários, dos povos indígenas e das comunidades locais na consecução de um desenvolvimento agrícola sustentável.

“Recomendamos que a declaração reconheça os direitos dos povos indígenas às suas terras, territórios e recursos, e assegure a sua participação nos processos de tomada de decisões, bem como encoraje o desenvolvimento de sistemas alimentares locais, como forma de elevar o papel dos agricultores familiares e reforçar a segurança alimentar e a nutrição”, frisou.

Disse que a questão de promover a integração da pesca e da aquacultura sustentáveis nas cadeias de valor locais e globais podem “ jogar papel “ relevante na contribuição para a segurança alimentar, a nutrição e o desenvolvimento económico.

“ Identificamo-nos com a adopção de práticas de gestão sustentável das pescas e encorajamos os membros do G-20 a apoiar o desenvolvimento da aquacultura, incluindo a formação, o desenvolvimento de infra-estruturas e o acesso ao mercado, o desenvolvimento de cadeias de valor para os produtos da pesca e da aquacultura, incluindo a transformação, a comercialização e a facilitação do comércio", referiu Josefa Sacko.

No tocante ao reforço da contribuição do comércio internacional para a segurança alimentar e nutricional, garantiu que a organização africana, apoia fortemente esta área, especialmente agora que o continente está a implementar a Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), que tem um enorme potencial para aumentar o comércio intra-africano, a integração económica e o desenvolvimento agrícola.

Indicou que apesar da peculiaridade da AfCFTA para a região africana, se recomenda uma declaração que reconheça o papel fundamental desta zona na promoção do comércio intra-africano, da integração económica e do desenvolvimento agrícola que espera contar com o apoio do G-20 a esta iniciativa.

“ A União Africana apoia a declaração Ministerial e apela a uma declaração mais inclusiva e reactiva que aborde alguns dos desafios e prioridades únicos dos países africanos. Estamos empenhados em trabalhar com o G20 e outras partes interessadas para alcançar o desenvolvimento agrícola sustentável, a segurança alimentar e a prosperidade para todos”, reforçou.

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