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Turismo em Africa prevê receitas de 24 mil milhões de dólares em 2024

Turismo em Africa prevê receitas de cerca de 24 mil milhões de dólares em 2024
Turismo em Africa prevê receitas de cerca de 24 mil milhões de dólares em 2024 Imagens: DR

Redacção

Publicado às 09h24 20/09/2024

Adis Abeba - O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Claver Gatete, defendeu, quinta-feira, que o turismo é uma passagem para a prosperidade económica, com receitas de quase 24 mil milhões de dólares este ano.

"Não temos o luxo de ver o sector do turismo simplesmente como uma indústria; pelo contrário, é uma passagem para a prosperidade económica, trocas culturais e desenvolvimento sustentável e tem grande potencial", disse Claver Gatete durante o lançamento oficial do Plano de Turismo Sustentável da Autoridade Intergovernamental sobre o Desenvolvimento (IGAD) na África Oriental, em Adis Abeba.

"Os complexos desafios macroeconómicos, climáticos e de acesso ao financiamento que África enfrenta hoje requerem que todos alavanquemos os nossos recursos para o desenvolvimento económico", defendeu o também secretário-geral adjunto das Nações Unidas.

O turismo, apontou Gatete, é também uma "fonte significativa de criação de emprego para os jovens africanos", o que é particularmente importante num contexto de altas taxas de desemprego no continente, mas para além disso representa também uma importante fonte de receita para os governos.

Em África, "atingimos 92% do nível de turistas pré-covid em 2023, e o mercado de turismo africano deverá registar receitas de 23,37 mil milhões de dólares, um aumento de 7,5%", sublinhou, lembrando que os países da região da IGAD (Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Uganda) "estão numa posição única para beneficiar desta previsão de crescimento".

No discurso, Gatete reconheceu que as riquezas naturais da região não chegam, e que é preciso "acções intencionais para desbloquear as capacidades do sector turismo que tragam crescimento sustentável e desenvolvimento", elencando o desenvolvimento das infra-estruturas, os sistemas de transportes, melhorias na conectividade, incluindo banda larga no acesso à internet, hotéis, infra-estruturas para conferências e melhor capacidade energética, entre outros.

Aproveitar o acordo de livre comércio continental, alavancar o potencial produtivo do sector privado e apostar nas parcerias são algumas das recomendações de Gatete aos governos, que assim poderiam concorrer com os principais destinos turísticos a nível mundial.

"Não há razão para não podermos competir com a Torre Eiffel, em França, ou com a Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos", defendeu, concluindo que "a reunião de hoje não é apenas sobre o lançamento de um plano, mas sim uma coligação de accionistas, das lideranças políticas aos atores do sector privado, e com parceiros regionais e internacionais, em que todos têm um papel a desempenhar para concretizar esta visão".

 

 

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