Mais de 940 mil pessoas forçadas a fugir da violência na RDC
Kinshasa - A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou esta segunda-feira que, só no primeiro semestre de 2024, mais de 940 mil pessoas foram forçadas a fugir da violência na República Democrática do Congo (RDC).
"Muitos dos que foram forçados a fugir foram deslocados várias vezes. O número de pessoas deslocadas internamente na RDC ascende actualmente a mais de 6,4 milhões de pessoas", lamentou o ACNUR em comunicado.
Segundo a agência da ONU, o conflito prolongado, as violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional estão a provocar um grande sofrimento aos congoleses deslocados internamente e aos refugiados desta nação, que faz fronteira com Angola.
Este alerta do ACNUR surgiu na sequência de uma visita de avaliação humanitária à RDC, que incluiu a capital, Kinshasa, e as províncias orientais, feita pela alta comissária adjunta do ACNUR para a Protecção, Ruvendrini Menikdiwela.
"Estou extremamente preocupada com a situação esquecida, mas devastadora, que os civis enfrentam na RDC", disse Menikdiwela, citada no comunicado.
Para Menikdiwela, "é uma vergonha que as atrocidades continuem a ser cometidas contra esta população civil, que sofre há tanto tempo e que, mesmo na sua procura por segurança, se veja confrontada com uma série de violações dos direitos humanos".