NIGéRIA

Nigéria rejeita aliança para prejudicar o Níger

Líder militar do Níger, Abdourahmane Tchiani - DR
Líder militar do Níger, Abdourahmane TchianiImagem: DR

30/12/2024 12h17

Lagos - A Nigéria negou as acusações do líder militar do Níger, Abdourahmane Tchiani, de conluio com a França para desestabilizar a nação liderada por uma Junta Militar.

 Numa entrevista, o general Tchiani acusou a França de se aliar a grupos militantes na região do Lago Chade para minar a segurança do Níger, alegadamente com o conhecimento da Nigéria.

“As autoridades nigerinas não ignoram esta medida dissimulada”, afirmou Tchiani, citado pela AFP. Em resposta, o conselheiro de Segurança Nacional da Nigéria, Nuhu Ribadu, disse à BBC, emitido na língua Hausa (falada na Nigéria e predominante no Níger), que as alegações eram “infundadas” e “falsas”.

Ribadu disse que a Nigéria nunca “sabotaria o Níger ou permitiria que qualquer desastre lhe acontecesse”. O ministro da Informação da Nigéria, Mohammed Idris, sublinhou que as alegações eram infundadas e constituía uma “táctica diversiva destinada a encobrir as falhas da sua administração”.

“Estas reivindicações existem apenas no reino da imaginação. A Nigéria nunca se envolveu em qualquer aliança, aberta ou encoberta, com a França - ou qualquer outro país - para desestabilizar a República do Níger”, frisou Idris, que negou, ainda, ter o seu país sabotado o oleoduto e a agricultura do Níger, de que foi acusado.

As alegações do general Tchiani agravaram as tensões diplomáticas com a Nigéria, já tensas desde o golpe militar de 2023, que depôs o Presidente Mohamed Bazoum.

O Bloco Regional da África Ocidental, a CEDEAO, liderado pelo Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, impôs sanções económicas ao Níger e ameaçou com uma intervenção militar caso a ordem constitucional não fosse restaurada.

“Durante anos, a Nigéria apoiou a paz e a segurança de vários países, não só na sub-região da África Ocidental, mas também no continente africano”, afirmou o Bloco Regional num comunicado divulgado na quinta-feira.

“A CEDEAO refuta, por isso, qualquer sugestão de que um país tão generoso e magnânimo se tornaria um Estado patrocinador do terrorismo”, refere o comunicado.

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