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Novo Governo de São Tomé e Príncipe empossado esta terça-feira

Vista parcial da cidade de São Tomé
Vista parcial da cidade de São Tomé Imagens: DR

Redacção

Publicado às 12h21 14/01/2025

São tomé - O Presidente de São tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, confere posse, esta terça-feira, aos novo membros do Governo, chefiado por Américo Ramos.

O novo executivo sao-tomense é composto por seis homens e quatro mulheres, segundo o decreto presidencial tornado publico, esta segunda feira.

A primeira-ministra demissionária, Ilza Amado Vaz, cuja nomeação durou apenas três dias, vai ocupar-se agora da pasta dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades.

No Executivo do demitido primeiro-ministro Patrice Trovoada, exonerado na semana passada, Ilza Amado Vaz era ministra da Justiça, Administração Publica e dos Direitos Humanos.

Para o novo Executivo transitam do anterior a ministra do Ambiente, Nilda da Mata, ocupando agora a pasta da Juventude e Turismo e Sustentabilidade, Guareth Guadalupe, que transita dos Negócios Estrangeiros e Comunidades para ser ministro de Estado e da Economia e Finanças, e a da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior, Isabel Viegas de Abreu, que permanece no cargo.

São estreantes, Vera Cravid, que assume a pasta da Justiça, Assuntos Parlamentares e Direito da Mulher, Horácio de Sousa, ministro da Defesa e Ordem Interna, Nelson Cardoso, para as Infra-estruturas e Recursos Naturais, Nilton Garrido Sousa Pontes, Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, Celso Matos, Saúde, e Joucerll dos Ramos, Trabalho Solidariedade e Segurança Social.

Do anterior Executivo não foram reconduzidos Genésio da Mata, que ocupava a pasta das Finanças, Eurídice Medeiros, Juventude e Desporto, Disney Silva, Economia, Abel Bom Jesus, Agricultura e Desenvolvimento Rural, Jorge Amado, Defesa e Administração Interna, Ângela Costa, Saúde e dos Direitos da Mulher, Lúcio Magalhães, Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Celsio Junqueira, Trabalho e Solidariedade, e José Rio, Infra-estruturas e Recursos Naturais.

Recorde-se que, em menos de uma semana, o Presidente Carlos Vila Nova nomeou, a 09 de Janeiro, Ilza Amado Vaz, indicada pelo partido Acção Democrática Independente, vencedor das últimas eleições realizadas há dois anos, e, três dias depois, a mesma renunciou ao cargo.

No decreto presidencial da exoneração vinha esclarecido que “Amado Vaz remeteu ao Presidente da República uma carta renunciando ao cargo e reconhecendo que, a divulgação da lista de nomes propostos antes de ser do conhecimento do Presidente da República minou a confiança necessária para a coabitação entre os dois órgãos.”

Sublinhava o decreto que, a primeira-ministra nomeada alegou que “perante o contexto, a sua permanência no cargo não contribuiria para o sucesso das políticas e o desenvolvimento harmonioso e pacífico de São Tomé e Príncipe, que não podem ser alcançados sem estabilidade, boa colaboração institucional, e sustentabilidade parlamentar”.

Um dia antes da sua renúncia, a comissão política da ADI, tinha denunciado, em comunicado, a interferência do Presidente da República na formação do Governo e publicado a lista de nomes indicados para o futuro governo.

Com a saída de Ilza Amado Vaz, a ADI apresentou, domingo último, o nome de Adelino Pereira, antigo Procurador-geral da República, mas o novo decreto emitido pelo Presidente da República horas depois, nomeou Américo D`Oliveira dos Ramos, actual governador do Banco Central, para o cargo de primeiro-ministro, depois de Carlos Vila Nova ter ouvido os partidos políticos com assento parlamentar.

Américo Ramos, antigo ministro das Finanças, detido, em 2019, por alegada prática de actos de corrupção no governo de 2014 a 2018, liderado por Patrice Trovoada, foi inocentado posteriormente, pelo Ministério Público, tendo ficado detido durante três meses, na cadeia central de São Tomé.

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