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Moçambique defende acção coordenada da SADC para crise no leste da RDC

Moçambique defende acção coordenada da SADC para a crise no leste da RDC
Moçambique defende acção coordenada da SADC para a crise no leste da RDC Imagens: DR

Redacção

Publicado às 21h14 01/02/2025

Harare - O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, defendeu sexta-feira (31 de Jan), em Harare, a necessidade de uma resposta coordenada e sustentável dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para a crise de segurança no leste da República Democrática do Congo.

Falando durante a Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, o Presidente moçambicano sublinhou que a instabilidade naquela região exige uma solução regional robusta, que combine esforços diplomáticos e operacionais para restaurar a paz e proteger a população civil.

A estabilidade da República Democrática do Congo é fundamental não só para a sua população, mas para toda a região da SADC.

Segundo Daniel Chapo, é preciso uma abordagem conjunta que reforce a segurança, promova o desenvolvimento e mitigue os efeitos colaterais do conflito, como o aumento do fluxo de refugiados para os países vizinhos.

Durante a sessão, os chefes de Estado e de Governo avaliaram o impacto da Missão da SADC na República Democrática do Congo e analisaram medidas para reforçar a resposta regional face à escalada da violência, sobretudo na província de Goma.

Moçambique, que tem experiência no combate a insurgências e na estabilização de zonas afectadas por conflitos, comprometeu-se a contribuir com propostas concretas para conter a crise e reforçar a segurança na região.

O Presidente moçambicano alertou ainda para a necessidade de garantir que as acções militares sejam complementadas por estratégias de desenvolvimento sustentável, destacando que a paz deve ser acompanhada por um plano abrangente de reconstrução e crescimento económico, pois sem desenvolvimento a insegurança persistirá.

A instabilidade no Leste da República Democrática do Congo tem provocado deslocações massivas de populações, afectando não apenas o país, mas também nações vizinhas como o Uganda, o Rwanda e o Burundi.

Daniel Chapo sublinhou que a SADC deve fortalecer os mecanismos de cooperação para a gestão dos refugiados e garantir que os Estados-membros trabalhem em conjunto para responder à crise humanitária.

Para o chefe de Estado moçambicano, a crise de deslocamento humano exige respostas regionais bem coordenadas, sendo essencial que a SADC, em parceria com a comunidade internacional, reforce a sua capacidade de acolher e reintegrar os refugiados, garantindo condições dignas e evitando o agravamento da crise.

Cimeira Extraordinária da SADC

Além da vertente humanitária, o Presidente moçambicano destacou a importância de medidas económicas para consolidar a estabilidade no continente. Segundo Chapo, a pacificação da República Democrática do Congo pode impulsionar o comércio regional e a integração infra-estrutural, factores fundamentais para o crescimento económico da África Austral e Central.

A paz na República Democrática do Congo não é apenas uma questão de segurança, mas também um pilar para o desenvolvimento de toda a região.

É necessária uma visão económica que complemente os esforços militares e diplomáticos, permitindo que a República Democrática do Congo e os seus vizinhos beneficiem de um ambiente de crescimento sustentável.

Moçambique tem desempenhado um papel activo nas operações de estabilização na SADC e reafirmou o seu compromisso em continuar a contribuir para a resolução pacífica de conflitos no continente.

A participação do Presidente Daniel Chapo na cimeira reforça o compromisso do país com os valores do diálogo, da cooperação e da diplomacia como ferramentas para a construção de uma região segura e próspera.

A SADC deverá continuar a intensificar os esforços para alcançar uma solução duradoura para a crise no leste da República Democrática do Congo, garantindo que a paz e o desenvolvimento andem lado a lado.

Para Moçambique, a estabilidade da região continua a ser uma prioridade estratégica, e o Governo de Chapo promete manter o seu envolvimento nas iniciativas que promovam a segurança e o bem-estar dos povos da África Austral.

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