MINERAçãO
Mineradora britânica angaria fundos para exploração de cobre na Zâmbia

10/02/2025 23h43
Kalulushi - A empresa mineira britânica Vedanta Resources pretende angariar mil milhões de dólares para financiar o desenvolvimento das suas minas de cobre na Zâmbia.
A empresa quer aumentar a produção da Konkola Copper Mines (KCM), da qual detém 80%, para 300 mil toneladas métricas por ano nos próximos cinco anos, informou a Reuters.
Em vez de vender uma parte da sua participação na KCM, como inicialmente pensado, a Vedanta optou por procurar financiamento através de dívida.
“Temos uma probabilidade muito maior de conseguir angariar fundos através de uma série de opções de financiamento em forma de dívidas”, afirmou Chris Griffith, líder da unidade de metais básicos da Vedanta.
A mineradora, que pertence ao bilionário indiano Anil Agarwal, está a explorar várias alternativas para garantir os mil milhões de dólares necessários para a expansão das suas operações.
Embora não tenham sido revelados muitos detalhes das opções de financiamento, a empresa tem como meta garantir recursos para o aumento da produção de cobre.
Em 2024, a Vedanta recuperou o controlo das minas de cobre da KCM após uma disputa de cinco anos com o Governo da Zâmbia. O Executivo anterior ao actual, liderado por Edgar Lungu, havia apreendido os activos da empresa, acusando-a de não investir na melhoria da produção de cobre.
O Governo da Zâmbia mantém uma participação de 20% na KCM, por meio da empresa mineira estatal ZCCM-IH. No ano passado, uma proposta de compra da participação de 51% da Vedanta pela empresa dos Emirados Árabes Unidos, International Resources Holding, foi cancelada. A retirada aconteceu devido a desacordos sobre a avaliação dos activos da KCM.
Desde então, a situação financeira da Vedanta melhorou, principalmente depois ter refinanciado as suas dívidas, o que lhe permitiu obter mais recursos internamente, além das opções de dívida externa.
Com estas novas estratégias financeiras, a Vedanta pretende assegurar o desenvolvimento das minas de cobre e garantir a estabilidade das suas operações na Zâmbia.