África do Sul recebe apoio da União Europeia para transição energética


Cape Town - A Comissão Europeia anunciou um pacote de investimentos de 4,7 mil milhões de euros para a África do Sul para o apoio da transição energética e produção de vacinas localmente.
Intervindo na sessão plenária da cimeira entre a União Europeia (UE) e a África do Sul, que decorreu quinta-feira, em Cape Town, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que este encontro de alto nível “é um momento importante para reflectir sobre a relação” entre as partes.
Ainda segundo Leyen, citado pela imprensa local e internacional, no financiamento está incluída “a transição para as energias limpas, mas também 700 milhões de euros para impulsionar o fabrico de vacinas.
“A África do Sul quer proteger a saúde do seu povo, bem como a sua autonomia e as suas indústrias locais, e nós, europeus, queremos diversificar algumas das nossas cadeias de abastecimento mais críticas [pelo que] é a isto que chamo um verdadeiro interesse mútuo”.
Também em representação da UE, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, falou numa “importante cimeira”, pois a União Europeia e a África do Sul são “parceiros e aliados estratégicos, ligados por valores comuns de democracia, direitos humanos, Estado de direito e multilateralismo”.
Apesar dos muitos e complexos desafios, este não é um momento para desesperar, [mas antes] um momento de oportunidade, uma ocasião para construir, reforçar e alargar a nossa cooperação bilateral e multilateral, para dar forma a um mundo mais justo, mais sustentável e mais seguro”.
Parceria Estratégica UE-África do Sul está em vigor desde 2007 e, desde então, realizaram-se várias reuniões de alto nível, incluindo mais de 20 diálogos sectoriais, um debate anual sobre direitos humanos e um Conselho Conjunto de Cooperação.
Do ponto de vista económico, a África do Sul é o maior parceiro comercial da UE na África Subsaariana, com 49 mil milhões de euros de comércio total de mercadorias em 2023, e o bloco comunitário é a principal fonte de investimento directo estrangeiro no país, totalizando 53,7% em 2022.
A África do Sul assume, desde Dezembro do ano passado e até Novembro de 2025, a presidência rotativa do G20, o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.