Los Angeles - A Corporação Financeira Internacional (IFC), braço do Banco Mundial para o sector privado, anunciou um fundo de 100 milhões de dólares destinado à expansão de infra-estruturas digitais em África.

Angola está entre os primeiros países que irão beneficiar deste investimento, ao lado da Etiópia, Moçambique, Cote d’Ivoire, República Democrática do Congo e Uganda.

O financiamento será canalizado para o Grupo Raxio, operador de centros de dados com presença crescente no continente africano. O objectivo é responder à crescente procura por soluções de alojamento de dados seguras e modernas, fortalecendo também a cibersegurança em países estratégicos.

Com este apoio, o Grupo irá construir centros de dados de última geração nos outros países seleccionados.

Estas infra-estruturas visam apoiar o desenvolvimento da economia digital local, facilitar o acesso a tecnologias emergentes e criar bases sólidas para a inovação em sectores como a banca, saúde e educação.

“O investimento está alinhado com os esforços do Banco Mundial para promover o crescimento económico sustentável e inclusivo em África”, afirmou Makhtar Diop, vice-presidente do Grupo Raxio para África, acrescentando que “a infra-estrutura digital é um factor crítico de transformação económica.”

A iniciativa representa um passo importante para reforçar a ligação digital do continente, colmatando lacunas significativas na infra-estrutura de centros de dados, que têm limitado o aproveitamento de tecnologias essenciais como a computação em nuvem, big data e o comércio electrónico.

O apoio do Banco Mundial a esta iniciativa surge numa altura em que a transformação digital ocupa um lugar de destaque na agenda de muitos Governos africanos.

Como parte da sua estratégia mais ampla para acelerar a economia digital de África, o organismo investiu anteriormente em projectos de infra-estruturas digitais destinados a melhorar a conetividade, a desenvolver competências digitais e a promover a inovação em todo o continente.

Como o continente africano continua a aderir à era digital, espera-se que estes investimentos desempenhem um papel fundamental na aceleração do desenvolvimento económico, na redução do fosso digital e na capacitação das comunidades locais.