Windhoek - A empresa do ramo de energia Chevron está a intensificar as suas actividades de exploração na Namíbia, anunciando planos para perfurar um poço de exploração na bacia de Walvis em 2026 ou 2027.

O desenvolvimento foi confirmado pela Chevron Namibia Exploration, destacando o compromisso da empresa em reforçar o seu portefólio de prospecção offshore neste país africano, que emergiu rapidamente como um ponto-chave de exploração.

O poço proposto será perfurado na Licença de Exploração Petrolífera (LEP) 82, situada na bacia de Walvis, a norte da bacia de Orange, onde foram efectuadas descobertas notáveis por grandes companhias da indústria, como a TotalEnergies, a Shell e a Galp.

O anúncio da Chevron surge depois de uma série de problemas na bacia de Orange no início deste ano. O poço Kapana 1X da empresa, perfurado na LEP 90, não conseguiu descobrir reservas comerciais de hidrocarbonetos.

Embora a operação tenha produzido conhecimentos geológicos valiosos, não resultou numa descoberta comercialmente viável. A Shell também sofreu reveses, tendo recentemente sofrido uma redução de 400 milhões de dólares após ter declarado que uma das suas descobertas ao largo da Namíbia não era comercialmente viável.

Apesar destes desafios, a Chevron mantém-se firme na sua estratégia de exploração, sublinhando a sua confiança no potencial offshore da Namíbia. A nação africana continua a atrair investimentos significativos de empresas petrolíferas internacionais, devido uma série de descobertas promissoras nos últimos anos.

Empresas como a Galp, a Rhino Resources e a Azule Energy estão também a aumentar as suas actividades de exploração, com novos poços planeados para 2025 e anos seguintes. A ambição da Namíbia de se tornar um grande produtor de petróleo continua forte, impulsionada pelo crescente interesse internacional e por um ambiente de investimento favorável.

O envolvimento contínuo da Chevron reflecte uma convicção mais ampla da indústria de que as bacias offshore da Namíbia têm um potencial substancial por explorar, posicionando o país como um futuro operador de peso no panorama do petróleo e do gás em África.