AGRICULTURA

Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau recebem apoio do FIDA

Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau recebem apoio do FIDA - UNDP
Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau recebem apoio do FIDAImagem: UNDP

14/04/2025 18h23

Roma - Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) lançou nesta segunda-feira, na cidade da Praia, um programa regional para reforçar a resiliência da agricultura face às alterações climáticas em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

O programa Adaptação dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento da África Ocidental e Central (Adapt), tem a duração de cinco anos e um orçamento de 10,5 milhões de euros que visa "reforçar a resiliência dos pequenos produtores e sistemas de produção agrícola face à mudança climática", afirmou o diretor do FIDA, Bernard Hien, durante o lançamento do projecto.

O programa prevê formação técnica, acesso a novas tecnologias e a elaboração de planos de ação que cada país vai adaptar às suas realidades.

"A prioridade é dar-lhes conhecimento e ferramentas para se adaptarem melhor às mudanças do clima", frisou.

O responsável referiu que, além da componente ambiental, o projecto também procura responder a fragilidades económicas e sociais, em especial no meio rural, com foco na inclusão de mulheres e jovens.

"Todos os projectos apoiados pelo FIDA têm uma forte componente social. Trabalhamos para integrar os jovens e as mulheres nas atividades e reforçar o seu poder económico. Este programa também tem isso em conta", garantiu.

Em Cabo Verde, o projecto será articulado com o Projecto de Promoção de Oportunidades Socioeconómicas Rurais (POSER), que visa criar oportunidades de emprego e rendimento para as populações rurais mais vulneráveis.

O ministro da Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, Gilberto Silva, adiantou que o projecto vai ser desenvolvido no vale de Rabil, na ilha da Boa Vista para "substituir a acácia americana, que é uma espécie invasora, por tamareiras".

O objetivo passa ainda por trabalhar para uma maior resiliência e adaptação do sistema agroalimentar, não só na agricultura, mas também na pecuária, na conservação da natureza para que os cabo-verdianos não abandonem o meio rural.

"A África inteira contribui com 4% das emissões, e nós destacamos, neste conjunto de países, pelo facto de sofrermos fortemente as consequências das mudanças climáticas", apontou.

 

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