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Plano de construção de infra-estruturas na Africa do Sul atraiu $13 mil milhões de dólares

Plano de construção de infra-estruturas na Africa do Sul atraiu $13 mil milhões
Plano de construção de infra-estruturas na Africa do Sul atraiu $13 mil milhões Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19h47 27/05/2025 - Actualizado às 20h01 27/05/2025

Joanesburgo - O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, revelou que o seu programa de construção de infra-estruturas para melhorar o desempenho económico do país atraiu um recorde de mais de 13,3 mil milhões de dólares em investimentos.

Segundo a Bloomberg, o novo programa nacional de construção para o ano financeiro, que começou a 1 de Abril, inclui cerca de 250 projectos – dos quais o Governo dará prioridade a sete – em vários sectores, incluindo da energia, estradas e água.

“As infra-estruturas são o motor de que a nossa economia necessita para impulsionar o crescimento e criar emprego. Se forem bem construídas e mantidas, incentivam os investidores a ver o nosso país como um excelente destino de investimento”, afirmou o governante, que falava durante uma cimeira de infra-estruturas na Cidade do Cabo.

Ramaphosa falou num momento em que se aproxima o primeiro aniversário da formação de um Governo de coligação de dez partidos. A aliança iniciada pelo Congresso Nacional Africano, depois de ter perdido a sua maioria parlamentar nas eleições de Maio do ano passado, fez das infra-estruturas a pedra angular dos seus esforços para relançar o crescimento, que tem sido, em média, inferior a 1% por ano há mais de uma década.

O Tesouro Nacional atribuiu 57,3 mil milhões de dólares para os próximos três anos para infra-estruturas públicas, na esperança de atrair o sector privado.

Anos de subinvestimento e má gestão deixaram a maior economia de África com um enorme atraso em termos de infra-estruturas. Ramaphosa estimou anteriormente que o país precisará de 89,6 mil milhões de dólares em investimentos em infra-estruturas por parte do sector público e de cerca de 180 mil milhões de dólares por parte do sector privado para atingir os seus objectivos em matéria de infra-estruturas até 2030.

No entanto, o vice-ministro das Finanças, Ashor Sarupen, sublinhou, na segunda-feira (26), que atrair o investimento privado tem sido um desafio, porque o programa de parcerias público-privadas do Governo é demasiado “complicado” e os investidores continuam preocupados com a corrupção e as questões de governação.

“Não estamos a atrair financiamento com a rapidez suficiente. O défice de infra-estruturas é muito grande e está a aumentar. E se considerarmos que o investimento em relação ao Produto Interno Bruto é de 15%, isso é demasiado baixo para atingir uma taxa de crescimento sustentável”, vincou.

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