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BAD reduz previsão de crescimento económico de África para 2025

BAD reduz previsão de crescimento económico de África para 2025
BAD reduz previsão de crescimento económico de África para 2025 Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19h58 27/05/2025

Abidjan - O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) prevê que a economia de África atinja apenas 3,9% este ano, 0,2 pontos percentuais abaixo da previsão inicial, acelerando em relação ao ritmo do ano passado, que foi de 3,3%.

A informação consta do relatório anual Perspectivas Económicas em África, divulgado durante a reunião anual da instituição na Côte d'Ivoire.

O documento aponta que a previsão em baixa deste ano – que abrange as economias de todos os seus 54 Estados-membros – se deve principalmente aos choques causados pelas novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos da América (EUA).

O banco, que é o maior credor de desenvolvimento de África, com 318 mil milhões de dólares em capital, também reduziu a sua previsão inicial de crescimento para 2026 em 0,4 pontos percentuais, para 4,0%, citando a mesma incerteza das tarifas comerciais.

“Desde Janeiro de 2025, o mundo sofreu choques adicionais, exacerbando um cenário macroeconómico global já complexo. Estes abalos incluem uma série de novas tarifas impostas pelos EUA e medidas de retaliação anunciadas e aplicadas pelos seus parceiros comerciais”, afirmou o BAD no seu relatório.

Segundo o banco, é provável que a turbulência reduza a procura global devido ao abrandamento económico resultante, reduzindo as exportações de África para o resto do mundo. “A fluidez da situação e a evolução da incerteza significam que o impacto no crescimento dependerá da decisão sobre a pausa de 90 dias das tarifas do Dia da Libertação anunciada pelos EUA”, acrescenta.

Embora os EUA representem apenas 5% do comércio global anual de África, o continente já foi afectado por uma queda dos preços das matérias-primas e pela reavaliação em baixa dos activos financeiros.

O crescimento projectado para este ano na região será apoiado por uma taxa de crescimento de mais de 5% em 21 economias, com “a Etiópia, o Níger, o Ruanda e o Senegal a crescerem pelo menos 7%”, disse o credor no documento.

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