FAUNA
Caçadores furtivos mataram 130 rinocerontes na África do Sul em três meses

08/05/2025 19h11
Joanesburgo - As autoridades sul africanas denunciaram, esta quinta-feira, que os caçadores furtivos mataram um total de 130 rinocerontes, a nível do país, nos primeiros três meses deste ano.
O ministro sul-africano do Meio Ambiente, Dion George, que actualizou os dados no início da semana, disse que sessenta e cinco dos rinocerontes mortos, foram abatidos nos Parques Nacionais, ou seja em locais onde era supostos estarem protegidos.
George afirmou ainda que o Governo está preocupado, porque os números disponíveis mostram que, de Janeiro a Março, em média, diariamente, mais de um rinoceronte foi alvo dos caçadores ilegais.
A província de KwaZulu-Natal registou o maior número de rinocerontes mortos, um total de dezasseis, seguido por Limpopo, com dez, e Free State, com cinco.
Já as províncias de North West e Mpumalanga registraram menos casos de caça ilegal de rinocerontes, com quatro e três, respectivamente.
O ministro Dion George destacou ainda que, nos primeiros três meses do ano, nenhum incidente de caça ilegal de rinocerontes foi relatado nas províncias do Cabo Oriental, Cabo Setentrional, Cabo Ocidental e Gauteng.
O governante disse ser encorajador o facto de não ter havido casos de abate de rinocerontes, nestas quatro províncias sul-africanas.
Referiu que tal se deve às intervenções direcionadas ao combate à caça ilegal de animais, que estão a produzir os resultados esperados.
Referiu, a título de exemplo, que foram detidas 15 pessoas acusadas de caçar ilegalmente rinocerontes, na África do Sul.
Por outro lado, o Ministério do Ambiente está a trabalhar com a Procuradoria e a Polícia Sul-Africanas, com o objetivo de tentar impedir que os Tribunais concedam liberdades sob fiança para caçadores reincidentes e imigrantes ilegais.
Dion George acrescentou ainda que, para reforçar o combate aos crimes contra a vida selvagem, o Ministério do Ambiente está a recorrer ao uso da tecnologia, incluindo drones e radares térmicos.
Ao mesmo tempo está a envolver as comunidades vizinhas das áreas protegidas para ajudarem a combater as causas da caça ilegal, por meio do desenvolvimento sustentável.