Abuja - O Tchad suspendeu a emissão de vistos para cidadãos dos EUA após uma nova proibição de viagens aos EUA que inclui o país da África Central, segundo o jornal nigeriano Vanguard.

“Tchad não tem aviões para oferecer, nem biliões de dólares para doar, mas Tchad tem sua dignidade e orgulho”, disse Deby numa postagem no Facebook, referindo-se a um jato de luxo doado pelo Qatar.

O presidente Mahamat Idriss Deby fez o anúncio na quinta-feira passada, chamando a medida de “de acordo com os princípios de reciprocidade”.

A decisão ocorre após o anúncio feito na quarta-feira pelo Presidente Donald Trump de restabelecer a proibição de viagens em 12 países, citando triagem de segurança “deficiente” e recusa de repatriação de cidadãos que ultrapassaram o período de permanência.

Os países afetados incluem Tchad, Afeganistão, Mianmar, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. A política entra em vigor na segunda-feira.

As reacções foram rápidas em toda África. O porta-voz do governo da República do Congo, Thierry Moungalla, classificou a proibição como um erro, afirmando que ela decorreu de um “mal-entendido” sobre um incidente nos EUA erroneamente associado a cidadãos congoleses.

“Obviamente, o Congo não é um país terrorista”, disse Moungalla, acrescentando que as autoridades planeiam se envolver com diplomatas dos EUA.

Na Serra Leoa, que enfrenta um escrutínio cada vez maior sobre viagens, o ministro da Informação, Chernor Bah, disse: “Trabalharemos com as autoridades dos EUA para garantir o progresso”.