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Tribunal sul-africano suspende funeral do ex-presidente zambiano

Tribunal sul-africano suspende funeral do ex-presidente zambiano
Tribunal sul-africano suspende funeral do ex-presidente zambiano Imagens: DR

Redacção

Publicado às 20h49 25/06/2025

Pretória - Um tribunal sul-africano suspendeu nesta quarta-feira o funeral do ex-presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, poucas horas antes da data prevista para a sua realização em Joanesburgo, noticia o site África News.

O Tribunal Superior de Pretória emitiu a ordem de emergência após um pedido judicial do governo zambiano, que exige a devolução do corpo de Lungu para um funeral de Estado em Lusaka.

Lungu, que morreu a 5 deste mês na África do Sul, deveria ser enterrado num local privado em Joanesburgo, de acordo com o desejo da sua família.

Mas as autoridades da Zâmbia insistem que deve ser sepultado no Parque da Embaixada local oficial de enterro dos antigos chefes de Estado com honras de estado.

O impasse gerou tensões entre os ente queridos e o governo, uma vez que Lungu e o actual Presidente Hakainde Hichilema eram adversários de longa data. A família afirma que pretende evitar dramas políticos, enquanto a Zâmbia defende que o protocolo e a dignidade nacional devem prevalecer.

O tribunal agendou uma audiência completa sobre o assunto para 4 de Agosto, mantendo-se o funeral suspenso.

Entretanto, o governo sul-africano reconheceu na terça-feira a obrigação legal de respeitar os desejos expressos pela família do ex-estadista zambiano, para sepulta-lo na África do sul, como havia noticiado a agência de notícias sul-africano (SAnews).

Na semana passada, a família do falecido anunciou que este seria sepultado numa cerimónia privada em território sul-africano.

A causa da morte do ex-presidente aos 68 anos não foi divulgada, mas o seu partido - Frente Patriótica afirmou que o falecido havia orientado, antes de morrer, para que o Presidente actual da Zâmbia, Hakainde Hichilema, não se aproximasse do seu corpo durante o seu funeral devido as divergências politicas vividos entre si.

Lungu Foi eleito presidente em 2015, mas seis anos depois perdeu o posto para Hakainde.

A partir desta data, a sua mulher e filhos foram acusados pelo governo zambiano de corrupção e posse de alegados lucros provenientes de crimes, no que a família alegou ser parte de uma vingança política.

A filha Tasila Lungu foi detida em Fevereiro sob acusações de branqueamento de capitais, depois de já ter sido presa juntamente com a mãe e a irmã por fraude em 2024. O seu irmão, Dalitso, também enfrenta acusações de corrupção.

 

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