DIAMANTES
Produtores de diamantes poderão afectar 1% das receitas para promover diamantes naturais

30/06/2025 20h20
Gaberone – O Botswana e outros países africanos produtores de diamantes concordaram em afectar 1% das suas receitas provenientes das vendas do sector diamantífero ao financiamento de uma campanha global para proteger e promover os diamantes naturais. A iniciativa visa responder à crescente concorrência do mercado de diamantes sintéticos.
O país aderiu ao Acordo de Luanda, uma estratégia de comercialização internacional liderada por países africanos para aumentar o valor dos diamantes naturais.
O pacto foi assinado na última quarta-feira (25), em Angola, e envolveu países produtores e entidades parceiras como o Grupo De Beers, multinacional do sector diamantífero, o Dubai Multi Commodities Centre, o Antwerp World Diamond Centre, o Natural Diamond Council e o Gem and Jewellery Export Promotion Council.
Além do Botswana, Angola, Namíbia, África do Sul e República Democrática do Congo assinaram o acordo. Todos os signatários comprometeram-se a apoiar financeiramente a campanha, que pretende destacar os benefícios económicos e sociais gerados pelos diamantes naturais nas comunidades locais dos países produtores.
Especialistas do sector consideram o Acordo de Luanda um ponto de viragem para a indústria diamantífera. A união dos principais produtores africanos reforça uma narrativa comum sobre o valor autêntico das pedras naturais e o seu papel no desenvolvimento dos territórios onde são extraídas.
Durante a cerimónia de assinatura do acordo, o ministro dos Minerais e Energia do Botswana, Bogolo Kenewendo, destacou que “um quilate, uma comunidade e uma vida mudaram. Precisamos de passar de mensagens fragmentadas para uma narrativa unida. África deve liderar uma estratégia global para comercializar os diamantes.”