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Líder da ONU para África defende uso de energia nuclear no continente

Líder das Nações Unidas para África defende uso de energia nuclear no continente
Líder das Nações Unidas para África defende uso de energia nuclear no continente Imagens: DR

Redacção

Publicado às 14h10 02/07/2025

Viena - O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África defendeu, terça-feira, a utilização de energia nuclear em África, considerando que o desenvolvimento económico no continente vai precisar de um aumento exponencial de energia.

“Devemos aproveitar o potencial da energia nuclear e adotar um compromisso político ousado, apoiado por um roteiro nacional claro, incluindo datas-alvo para centrais operacionais e iniciativas de capacitação de longo prazo”, escreveu Claver Gatete num artigo de opinião distribuído a imprensa.

No seu artigo, aquele responsável da ONU anuncia o apoio à energia nuclear e afirma que “o potencial é enorme e pode resultar na criação de milhares de empregos qualificados e na transformação do sistema energético de África para uma maior segurança energética”.

Para o subsecretário-geral das Nações Unidas, os governos africanos devem “aproveitar a fiabilidade da energia nuclear, já que, com um fator de capacidade de 90%, as centrais têm umavida útil até 45 anos” e poderão ajudar a atingir as metas previstas por várias entidades internacionais sobre as necessidades energéticas do continente.

“A Agência Internacional de Energia estima que o crescimento da indústria, do comércio e da agricultura em África exigirá um aumento de 40% na procura de eletricidade até 2030, e a UNECA prevê que as necessidades de eletricidade da Zona de Comércio Livre Continental Africana [AfCFTA, na sigla em inglês] representarão 8% da capacidade total de eletricidade do continente até 2035 e 14% até 2040, exigindo um investimento adicional de 22,4 mil milhões de dólares entre 2025 e 2040″, lembra Gatete, acrescentando que, “até 2040, devido ao rápido crescimento populacional e económico em África, o fornecimento de eletricidade deverá aumentar mais de quatro vezes”.

 

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