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Banco Mundial satisfeito com projectos no sector eléctrico em Moçambique

Banco Mundial satisfeito com projectos no sector eléctrico em Moçambique
Banco Mundial satisfeito com projectos no sector eléctrico em Moçambique Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19h23 21/07/2025 - Actualizado às 07h22 22/07/2025

Maputo – O Presidente do Banco Mundial (BM) Ajay Banga, manifestou, domingo, a sua satisfação no domínio dos projectos do sector eléctrico na capital moçambicana.

O Presidente do BM, que está em Maputo numa visita de trabalho, disse que os projectos já permitiram elevar a taxa de cobertura de 31% da população em 2018 para 60% em 2024.

Moçambique pretende levar electricidade a mais 600 mil casas este ano, ultrapassando as 563 mil ligações em 2024, segundo previsões do Governo.

De acordo com a última actualização da Electricidade de Moçambique (EDM), só no primeiro trimestre de 2025 foram concluídas 90 mil novas ligações à rede eléctrica no país, já então o dobro da meta prevista para o mesmo período.

O Banco Mundial aprovou em Março um financiamento de 100 milhões de dólares a que acresce 31 milhões de dólares (26,6 milhões de euros) da Noruega e Suécia para a terceira fase do programa de acesso a electricidade à população moçambicana, prevendo mais 146 mil ligações.

"Este financiamento permitirá acelerar as iniciativas em curso para garantir o acesso universal à energia eléctrica até 2030, beneficiando directamente cerca de 700 mil pessoas", explicou a EDM.

Em causa está um financiamento ao projecto "Ascent" Acelerando a Transformação do Acesso à Energia Limpa e Sustentável, uma nova fase do programa "Energia para Todos", a disponibilizar pela Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), parte do grupo BM, em colaboração com o Governo de Moçambique, segundo a eléctrica estatal.

Aurélio Arlindo, morador há 14 anos, no município da Matola, arredores da capital moçambicana, faz contas ao futuro ao ver a dez metros o último poste que levará a electricidade a casa enquanto o presidente do Banco Mundial, que financia estas operações, lhe bate à porta.

"Nunca viram televisão de verdade, eu só mostro no telefone. Então, com televisão, eles vão ver muita coisa mesmo", começa por contar à Lusa, sobre a expectativa dos quatro filhos, crianças, com a chegada da electricidade a casa onde vive há 14 anos, no município da Matola, arredores da capital moçambicana.

Desempregado, com 38 anos, a chegada da electricidade à pequena casa, apenas em tijolo, onde vivem seis pessoas está por dias e Aurélio Arlindo já pensa em criar ali um pequeno negócio, servindo bebidas frias a quem passa naquele bairro, uma zona de expansão de Maputo.

"Está a chegar mesmo, estou a gostar muito. Vai-me ajudar. Já fiz a instalação, estou só à espera", atira, enquanto aponta para o poste e os cabos prontos a ligar a casa, no meio do bairro de Mwamatibjana, onde a electricidade tinha ficado, na última contagem, a um quilómetro de distância.

Além de Aurélio Arlindo, Ajay Banga, que termina hoje uma visita de dois dias a Moçambique, conheceu o empreendedor Hermínio Guambe. A recente chegada da electricidade ao bairro Siduava permitiu-lhe construir o negócio da farmácia e, ao lado, um salão de beleza, enquanto já preparava o crescimento.

 

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