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África do Sul rejeita retaliar tarifas impostas pelos Estados Unidos

África do Sul rejeita retaliar tarifas impostas pelos Estados Unidos
África do Sul rejeita retaliar tarifas impostas pelos Estados Unidos Imagens: DR

Redacção

Publicado às 21h03 31/07/2025

Pretória - A África do Sul não retaliará as tarifas impostas pelos Estados Unidos da América, sendo que propôs favorecer as exportações norte-americanas e formalizar acordos em vários sectores, anunciou o seu ministro do Comércio, Parks Tau.

"A África do Sul tomou a decisão de não retaliar as tarifas recíprocas anunciadas pelos Estados Unidos", declarou, acrescentando que o Governo ainda aguardava "respostas substanciais dos homólogos norte-americanos" às suas propostas de acordos comerciais.

A África do Sul propôs importar gás natural liquefeito (GNL) e facilitar o acesso ao mercado para certos produtos agrícolas norte-americanos, segundo Tau.

"Empresas sul-africanas comprometeram-se a investir 3,3 mil milhões de dólares em indústrias norte-americanas, como a mineração e reciclagem de metais, enquanto os dois Governos concordaram em procurar investimentos conjuntos em minerais críticos, produtos farmacêuticos e máquinas agrícolas", referiu o ministro.

Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial da África do Sul, país vizinho de Moçambique, depois da China, importando produtos agrícolas, metais preciosos e veículos sul-africanos.

Os sectores automóvel e de cítricos, em particular, correm o risco de perder milhares de empregos, pois as tarifas impostas pelo Presidente Donald Trump anularam de facto o acordo comercial preferencial AGOA, que permitia a entrada de certas mercadorias de vários países africanos nos Estados Unidos sem tarifas.

"Fizemos o nosso melhor", declarou Tau, acrescentando que uma redefinição das relações comerciais entre os dois países era "inevitável".

Os laços entre as duas nações deterioraram-se desde que Donald Trump assumiu o cargo em Janeiro, com o Presidente norte-americano a acusar a nação africana de praticar um genocídio aos agricultores brancos sul-africanos.

 

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