UA apela a medidas decisivas contra desemprego juvenil em África

Adis Abeba - A União Africana (UA) pediu medidas decisivas e em larga escala para enfrentar a crise do desemprego juvenil, com potencial transformador para a industrialização, inovação e integração regional, durante um evento que continua hoje em Adis Abeba, Etiópia.

A informação foi prestada pelo Presidente da Comissão da UA, Mahmoud Ali Youssouf, durante o seu discurso no Terceiro Fórum Africano sobre Criação de Empregos, que decorre até quarta-feira no Museu Memorial da Vitória Adwa, na capital do país.

Youssouf enfatizou que, com mais de 60% da população africana com menos de 25 anos, a falta de oportunidades de emprego para esse grupo populacional deve ser abordada de maneira sustentável para as perspectivas económicas de longo prazo e a estabilidade social do continente.

“A África contribui com menos de 3% para as cadeias globais de valor. O tempo para acções graduais acabou. Precisamos agir em larga escala”, afirmou o chefe de Estado etíope, citado pela Prensa Latina .

Mahmoud Ali Youssouf destacou o sector agrícola como o maior empregador do continente, sustentando mais de 60% dos meios de subsistência, e apelou às empresas, grandes e pequenas, para que aproveitem as oportunidades oferecidas pela Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA) para o crescimento industrial e o comércio.

O Chefe de Estado enfatizou também a importância de alavancar tecnologias emergentes e inovação impulsionada por jovens para gerar criação de empregos na economia digital, bem como capital acessível e barato para capacitar empreendedores e melhorar seu papel na criação de valor.

O fórum decorre sob co-organizado pela UA, o Governo da Etiópia e o Secretariado da Área de Livre Comércio sob o tema: "Impulsionando a criação de empregos e a resiliência económica por meio da integração regional e da inclusão digital e financeira nas cadeias de valor agrícolas no mercado da AfCFTA".

Especialistas e formuladores de políticas participam de discussões de alto nível sobre integração regional, mobilidade de mão-de-obra e implementação completa das instituições financeiras da organização continental.

Tudo isso, de acordo com os organizadores, visa gerar oportunidades de emprego decentes e sustentáveis para a crescente população jovem da África.

 

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