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Caucus africano define estratégias em resposta as tarifas dos EUA

Caucus africano define estratégias em resposta as tarifas dos EUA - DR
Caucus africano define estratégias em resposta as tarifas dos EUAImagem: DR

31/07/2025 20h01

Bangui - A capital da República Centro-Africana (RCA), Bangui, recebeu, quarta-feira (30 de Julho), o Caucus Africano, um encontro anual que junta os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais africanos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que vai decorrer até 2 de Agosto próximo, com o objectivo de reforçar a resiliência económica de África face à guerra comercial com os Estados Unidos da América (EUA).

De acordo com a imprensa internacional, o ministro das Finanças da RCA, Hervé Ndoba, defendeu a aceleração da criação de uma Zona de Comércio Livre Continental Africana e a harmonização alfandegária entre os países.

“É uma reforma corajosa e importante para a qual todos devemos trabalhar e é uma agenda prioritária”, afirmou o governante.

De acordo com Hervé Ndoba, um dos principais desafios é garantir que os sistemas alfandegários e de segurança fronteiriça possam comunicar, “um desafio” no qual já estão a trabalhar.

Entre as principais propostas debatidas durante o encontro, subordinado ao tema “Infra-estrutura resiliente, capital humano e riqueza verde: alavancas essenciais para um crescimento forte, inclusivo e sustentável em África.”,

Outro ponto discutido foi a necessidade de reformas estruturais que permitam ao continente reduzir a sua dependência das matérias-primas, diversificar as exportações e melhorar a integração comercial regional.

No contexto da guerra comercial, o FMI classifica os países africanos em duas grandes categorias: os que têm laços comerciais directos, através de acordos como a AGOA (Lei de Crescimento e Oportunidades para África), que correm o risco de serem afectados pelas tarifas norte-americanas, e os que têm menos relações comerciais com Washington, que podem sofrer consequências indirectas.

“Países com laços directos, como os que exportam ao abrigo da AGOA, serão directamente afectados pelas tarifas. Outros, sem laços significativos, também sentirão os efeitos se a guerra continuar”, alertou Régis N’Sondo, director-executivo do FMI.

Os países abrangidos pela AGOA incluem Angola, Cabo Verde, República Democrática do Congo, Gâmbia, Quénia, Nigéria, Ruanda, Senegal, África do Sul e Tonga, entre outros.

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