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Cerca de dois milhões de refugiados em risco no Uganda

Cerca de dois milhões de refugiados em risco no Uganda
Cerca de dois milhões de refugiados em risco no Uganda Imagens: DR

Redacção

Publicado às 17h59 05/08/2025 - Actualizado às 18h02 05/08/2025

Kampala - Quase dois milhões de refugiados estão em risco no Uganda, a nação africana que mais deslocados acolhe, devido à carência de fundos internacionais que coloca o financiamento necessário em risco, alertaram hoje as Nações Unidas em comunicado.

De acordo com a nota de imprensa do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o Uganda está prestes a chegar às duas milhões de pessoas acolhidas, "à medida que o agravamento das crises no Sudão, Sudão do Sul e República Democrática do Congo (RDC)" leva centenas de pessoas a cruzar diariamente a fronteira em busca de segurança e ajuda vital".

Segundo dados do ACNUR, desde o início do ano, têm chegado ao país, em média, 600 pessoas por dia.

O Uganda é o terceiro país no mundo que mais refugiados acolhe, e o maior em África.

Actualmente, alberga 1,93 milhões de refugiados, sendo que mais de um milhão são menores de idade. Destes, 48.000 crianças e adolescentes chegaram sozinhos ao país.

"No entanto, a resposta humanitária enfrenta actualmente uma das piores crises de financiamento das últimas décadas", lamentou a agência das Nações Unidas (ONU).

"A política progressista do Uganda permite aos refugiados viver, trabalhar e aceder a serviços públicos, mas os cortes de financiamento estão a afectar gravemente a entrega de ajuda e ameaçam comprometer anos de progresso", frisou.

Dados do ACNUR estimam que o custo para responder às necessidades de um refugiado no Uganda é de cerca de 16 dólares por mês em 2025.

Contudo, se o ACNUR não receber mais fundos, só vai conseguir prestar apoio no valor de cinco dólares por mês, por refugiado.

O ACNUR alertou ainda que "à medida que os fornecimentos de alimentos, água e medicamentos diminuem, as taxas de desnutrição sobretudo entre crianças com menos de cinco anos estão a aumentar de forma alarmante".

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