Cuba aposta no fortalecimento dos laços históricos com Egipto


Cairo - O embaixador de Cuba no Egipto, Alexander Pellicer, destacou hoje os laços históricos entre os dois países e defendeu o fortalecimento dos laços em vários sectores, como cultura, turismo e saúde, segundo a Prensa Latina.
Em entrevista ao jornal Al Ahram, o diplomata reflectiu sobre mais de 75 anos de laços bilaterais e discutiu novas oportunidades para expandir a colaboração.
Pellicer lembrou que o Egipto foi o primeiro país árabe e africano a estabelecer relações diplomáticas com Cuba, em Setembro de 1949, e a amizade entre o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, e o presidente Gamal Abdel Nasser.
Tanto Cuba quanto o Egipto são nações amantes da paz e compartilham visões comuns sobre muitas questões importantes na agenda internacional, como o apoio à causa palestina, enfatizou.
Também expressou a sua gratidão pelo apoio contínuo do Cairo à resolução anual cubana apresentada na Assembleia Geral da ONU, pedindo o fim do bloqueio dos EUA.
Sobre as relações económicas e comerciais, afirmou que há uma clara vontade política de fortalecer a cooperação em vários sectores, como a saúde e a indústria biofarmacêutica.
Nesse sentido, o diplomata destacou o progresso da ilha caribenha na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, bem como a capacidade do Egipto de produção de medicamentos em larga escala.
Alexander Pellicer mencionou o turismo, observando que "Cuba e Egipto são países com ricas tradições culturais e património histórico e natural de renome mundial".
O turismo é uma fonte vital de renda para ambas as nações, e a cooperação nessa área é possível, enfatizou.
Pellicer observou igualmente que há uma longa história de intercâmbios culturais, incluindo a participação em festivais em ambos os países, e defendeu laços mais estreitos na educação, incluindo o fortalecimento da colaboração acadêmica, o que acredita que ajudaria a lançar projectos conjuntos de pesquisa científica.
"Cuba e Egipto compartilham os mesmos princípios e uma profunda vocação humanística e voltada para a paz", reiterou.