TURISMO
Indústria de caça na Africa do Sul perdeu 126 milhões de dólares

07/08/2025 21h56
Rastenburg - O Governo sul-africano não emitiu as licenças necessárias, nos últimos cinco anos, para que os caçadores levassem troféus (partes de animais) como elefantes, leopardos e rinocerontes negros para fora do país.
Como resultado, vários safáris de caça – que podem custar até 350 mil dólares – foram cancelados. A reclamação veio de um grupo que defende os interesses da indústria da caça.
De acordo com a Bloomberg, o sector perdeu até 126 milhões de dólares como resultado do impasse, com o país a ceder quota de mercado a concorrentes regionais, segundo Richard York, director-executivo da Wildlife Ranching South Africa – uma organização voluntária sem fins lucrativos que representa os interesses dos criadores de animais selvagens -, que está a travar uma batalha judicial para que as quotas sejam declaradas.
“Não temos conseguido oferecer oportunidades de caça para algumas de nossas espécies mais icónicas”, declarou York, sublinhando que nenhuma explicação foi dada para a falha na emissão das quotas, o que, considera, uma exigência legal. “Os caçadores estão agora a recorrer a mercados alternativos com estruturas claras e legais. Isso faz com que pareçamos pouco profissionais e pouco confiáveis”, frisou o responsável.
O turismo de caça contribui com cerca de 2,4 mil milhões de dólares para a economia anualmente, segundo um estudo da Universidade North-West da África do Sul.
A suspensão das quotas entra em conflito com a política defendida tanto pelo actual ministro do Ambiente, Dion George, como pela sua antecessora, Barbara Creecy, de promover uma utilização mais sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais da África do Sul.