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Namíbia e Zâmbia querem viagens sem passaporte entre os dois países

Namibia e Zambia desejam viagens sem passaportesImagem: DR

16/08/2025 21h14

Windhoek – A Namíbia e a Zâmbia anunciaram planos para permitir que os cidadãos viajem entre ambos os países utilizando apenas cartões de identificação nacionais, eliminando a necessidade de passaportes.

A medida já é considerada como histórica em termos de impulsionar a mobilidade regional e a integração económica.

A iniciativa, revelada pelo ministro do Interior, Imigração, Segurança e Protecção da Namíbia, Albert Kawana, durante as comemorações do 59.º Dia da Independência da Zâmbia em Windhoek, está em fase final de preparação.

“Em breve, os cidadãos zambianos poderão entrar na Namíbia utilizando apenas os seus cartões de identidade”, confirmou Kawana, acrescentando que os dois Governos estão a trabalhar para eliminar completamente a exigência de passaporte.

Esta parceria segue um acordo semelhante entre a Namíbia e o Botswana, tornando a Namíbia pioneira na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) na facilitação de procedimentos fronteiriços simplificados.

O alto comissário da Zâmbia na Namíbia, Stephen Katuka, saudou o desenvolvimento, citando os profundos laços históricos e políticos entre as duas nações, enraizados no apoio da Zâmbia à Namíbia durante a sua luta pela libertação.

Espera-se que a iniciativa beneficie o comércio, o turismo e a mobilidade laboral, ao mesmo tempo que se alinha com os objectivos mais amplos da SADC e da Zona de Comércio Livre Continental Africana de livre circulação de pessoas e cooperação económica.

Grupos empresariais e organizações da sociedade civil elogiaram a iniciativa como um modelo para outros países africanos. Observadores notam que, se implementado com sucesso, o corredor Namíbia-Zâmbia poderia servir como um modelo para acordos de viagem semelhantes baseados em identificação em toda a África Austral, Oriental e Ocidental.

À medida que os países africanos trabalham para uma integração mais profunda, a flexibilização das restrições de viagens é cada vez mais vista como fundamental para desbloquear o comércio intra-africano, os fluxos de investimento e a colaboração transfronteiriça.

 

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