Moçambique regista 99 mortos em quase 450 mil casos de malária


Maputo - Pelo menos 99 pessoas morreram entre Janeiro e Agosto deste ano vítimas de malária na província de Niassa, norte de Moçambique. Com registo de 448.526 casos da doença, avançaram as autoridades provinciais, noticiou o site Minuto ao Minuto.
De acordo com uma nota do Conselho Executivo Provincial de Niassa, consultada hoje pela Lusa, de Janeiro a Agosto, Niassa registou um total de 448.526 casos e 99 óbitos, um aumento de 62,3% face a 2024.
Segundo as autoridades, Niassa teve no mesmo período um cumulativo de 68 casos confirmados de mpox, registados, principalmente, no distrito de Lago, liderando assim a lista das províncias afectadas pela doença, que afecta também a província de Maputo, com quatro casos, Manica, com três e Cabo Delgado, com um caso da doença.
As autoridades reforçam a vigilância epidemiológica e campanhas de sensibilização para conter ambas as doenças, indica-se no documento.
A Lusa noticiou em 17 de Junho que pelo menos 270 pessoas morreram vítimas de malária de Janeiro a Maio deste ano em Moçambique, que registou mais de seis milhões de casos.
As estatísticas do Governo moçambicano até Maio indicam a província da Zambézia é a mais afectada, com 1.482.969, seguida de Nampula, com 1.465.364, e Sofala, com 476.333.
Em 2024 pelo menos 358 pessoas morreram vítimas de malária em Moçambique, que registou mais de 11,5 milhões de casos e cerca de 67 mil internamentos, avançou em 25 de Abril o Presidente moçambicano, no âmbito do Dia Mundial da Malária, pedindo maior protecção para as crianças.
A vacina contra a malária R21/Matrix-M, a segunda para crianças, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, já está em utilização em Moçambique, seguindo os conselhos do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE) e do Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária (MPAG).