África

África


PUBLICIDADE

Petroleiro dos Camarões atingido por projétil incendeia-se ao largo do Iémen

Petroleiro dos Camarões atingido por projétil incendeia-se ao largo do Iémen
Petroleiro dos Camarões atingido por projétil incendeia-se ao largo do Iémen Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19h33 18/10/2025

Yaoundé - Um petroleiro, provavelmente a operar para o Irão, foi hoje atingido por um projétil e incendiou-se ao largo do Iémen, tendo a tripulação decidido abandonar o navio, anunciou o exército britânico.

O incidente aconteceu numa altura em que os rebeldes Huthis do Iémen têm atacado navios no mar Vermelho, mas o grupo ainda não reivindicou o ataque.

O Centro de Operações Marítimas Comerciais do Reino Unido, do exército britânico, emitiu um alerta sobre a embarcação, descrevendo que o incidente no golfo de Áden. "Uma embarcação foi atingida por um projétil desconhecido, resultando num incêndio", disse o centro de operações, adiantando que "as autoridades estão a investigar".

A empresa de segurança marítima Ambrey descreveu o navio como um petroleiro, com bandeira dos Camarões, que largou de Sohar, Omã, em direção ao Djibuti.

O organismo adiantou que as comunicações via rádio sugeriam que a tripulação se prepara para abandonar o navio e que está em curso uma operação de socorro. Os detalhes oferecidos sobre o navio pareciam corresponder ao "Falcon", um petroleiro com bandeira dos Camarões que transporta gás de petróleo liquefeito.

O "Falcon" já tinha sido identificado pelo United Against Nuclear Iran (Unidos Contra o Programa Nuclear do Irão, em tradução livre), um grupo de pressão, sediado em Nova Iorque, como estando a operar numa "frota fantasma" iraniana de navios que transportavam os produtos petrolíferos do país em alto mar, apesar das sanções internacionais. Os proprietários e operadores do navio, listados como estando na Índia, não comentaram ainda o incidente.

Os Huthis ganharam destaque internacional durante a guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas pelos ataques a navios e a Israel, em apoio aos palestinianos e para forçar Telavive a interromper os combates, de acordo com os rebeldes. Desde o início do cessar-fogo, a 10 de outubro, nenhum ataque foi reivindicado pelo grupo rebelde. A campanha Huthi contra o transporte marítimo matou pelo menos nove marinheiros e afundou quatro navios.

Isto prejudicou a navegação no mar Vermelho, por onde passavam cerca de um bilião de dólares em mercadorias (cerca de 8,6 mil milhões de euros) por ano antes da guerra. O mais recente ataque dos rebeldes atingiu o navio cargueiro "Minervagracht", de pavilhão dos Países Baixos, a 29 de setembro, matando um tripulante a bordo e ferindo outro.

Entretanto, os Huthis têm ameaçado cada vez mais a Arábia Saudita e feito prisioneiros dezenas de funcionários de agências das Nações Unidas e de outros grupos humanitários, alegando, sem provas, que eram espiões --- algo veementemente negado pela organização e por outros órgãos.

 

PUBLICIDADE