Praia - A ilha de Santiago, a mais populosa de Cabo Verde, vai dispor de duas novas estações de dessalinização, fruto de um protocolo de apoio assinado hoje entre a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e o Governo do arquipélago.

As dessalinizadoras e respetivas infraestruturas estão orçadas em cerca de 86 milhões de euros e vão ser instaladas na capital, Praia, e no município de São Miguel.

O projeto tem como objectivo aumentar a capacidade de produção de água potável a partir do mar, a fim de incrementar o acesso das populações deste liquido, algo que ainda é uma dificuldade para um quarto das famílias cabo-verdianas.

A presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), Marize Gominho, referiu durante a cerimónia de assinatura, hoje, na Praia, que, além do processamento de água, haverá uma "intervenção estruturante" ao nível das infraestruturas com o protocolo hoje assinado.

O projeto prevê um "reforço da capacidade de armazenamento e adução de água, através da construção de reservatórios, redes de interligação, estações de bombagem e sistemas de monitorização".

Com o investimento, deverá ser garantida "mais água para a população e setores de atividade" económica, acrescentou.

A gestão da água, assente em diferentes estações dessalinizadoras, é um fator crucial para o arquipélago, onde a chuva é rara.