CRISE HUMANITáRIA
ONU pede ajuda para milhões de pessoas no Sudão

25/10/2025 16h49
Cartum - A Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou quinta-feira assistência urgente ao Sudão diante da terrível crise humanitária que o país africano atravessa, afectado por uma guerra civil desde Abril de 2023, informou a Prensa Latina.
De acordo com dados colectados por várias instituições da ONU, mais de 30 milhões de pessoas no Sudão precisam de assistência humanitária, incluindo mais de 9,6 milhões de deslocados internos e quase 15 milhões de crianças.
Além disso, embora cerca de 2,6 milhões de pessoas tenham retornado para as suas casas graças à redução dos conflitos em Cartum e outras partes do país, elas encontraram as suas casas destruídas e o conflito havia destruído serviços essenciais como saúde e educação, observam.
Além disso, ressaltam que o colapso das instituições de saúde facilitou a disseminação da cólera, da dengue e da malária, tornando ainda mais urgente investir em água limpa, assistência médica e outros serviços essenciais para que as pessoas possam realmente recomeçar.
Em Al Fasher, capital de Darfur do Norte, a cidade está sob constante cerco por forças paramilitares.
Mais de 260 mil civis, incluindo 130 mil crianças, estão presos sob cerco há mais de 16 meses, sem acesso a comida, água ou assistência médica.
Assim o problema do Sudão se qualifica como uma das piores crises humanitárias do mundo.
A informação foi divulgada quinta-feira numa declaração conjunta do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização Internacional para as Migrações (OIM), da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA).
Desde meados de Abril de 2023, esta nação africana está atolada em uma guerra interna, após disputas de poder entre o chefe do Exército, Abdel Fatah al-Burhan, e o líder das Forças de Apoio Rápido paramilitares, Mohamed Hamdan Daglo.
Os combates já destruíram inúmeros meios de subsistência, mergulhando o país em uma espiral complexa de fome e morte.