Telavive - O Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que aprovou um mega-negócio de gás com o Egipto, no valor de 30 mil milhões de euros, reportou a Lusa.

"Hoje, aprovei o maior acordo de gás da história de Israel. O acordo vale 112 mil milhões de shekels [1 shekel equivale a 283 kwanzas]. Desse total, 58 mil milhões de shekels irão para os cofres do Estado", indicou quarta-feira Netanyahu num vídeo divulgado pelo seu gabinete.

Segundo o chefe do Governo, o acordo envolve a empresa norte-americana Chevron e parceiros israelitas que vão fornecer gás ao Egipto.

"Este é o maior acordo de exportação da história do Estado de Israel", comentou, por seu lado, o ministro da Energia, Eli Cohen, que espera um reforço significativo da posição do seu país como "potência energética regional", com vista também à sua estabilização.

O negócio incentiva outras empresas a investir na exploração de gás nas águas económicas de Israel, que são ricas em depósitos de gás, prosseguiu Netanyahu.

A empresa israelita de gás NewMed Energy anunciou na noite de hoje, em comunicado, que tinha recebido autorização para exportar gás para o Egipto, tornando realidade o acordo milionário.

"Este é um dia histórico para o mercado do gás natural, garantindo investimentos contínuos em Israel e criando estabilidade para os próximos anos", observou o director-geral da NewMed, Yossi Abu, citado no comunicado.

Um projecto de gasoduto terrestre de 65 quilómetros entre Israel e o Egipto foi aprovado pelo Governo israelita em Maio de 2023, mas sofreu atrasos significativos.

A sua construção, destinada a reforçar o fornecimento de gás ao Egipto, deverá estar concluída em 2029, conforme indicado pela NewMed Energy em Agosto.