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Egipto repatria mais de dois mil alegados migrantes detidos na Líbia

Egipto repatria mais de dois mil alegados migrantes irregulares detidos na LíbiaImagem: DR

22/12/2025 21h09

Cairo - O Egipto anunciou hoje o repatriamento de dois mil e 632 cidadãos egípcios, alegadamente imigrantes ilegais, detidos na Líbia desde o início do ano, em colaboração com as autoridades da região leste da Líbia e da região de Tripoli.

Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio, trata-se de "cidadãos egípcios desaparecidos" na Líbia, um grupo cujo número exacto, bem como a sua "situação e destino", são desconhecidos, mas que o Governo egípcio tem tentado repatriar em contactos com as autoridades líbias.

"Os nossos esforços já deram resultados tangíveis, incluindo o repatriamento bem-sucedido, a 27 de Novembro, de um grupo de 131 cidadãos egípcios que estavam num centro de detenção da Líbia", refere o comunicado.

O Governo egípcio adianta que esses esforços permitiram que, "desde o início deste ano, fossem repatriados 1.132 cidadãos egípcios de Trípoli e da região oeste, e mais de 1.500 de Benghazi e da região leste".

O comunicado enfatiza que as conversações tentam também determinar o paradeiro e repatriar um grupo de migrantes egípcios sem documentos, cujo barco partiu da Líbia há duas semanas e se afundou perto da ilha grega de Creta, no Mediterrâneo.

O ministério egípcio não divulgou o número total de egípcios que seguiam a bordo do barco, mas na terça-feira passada tinha anunciado a morte de 14 dos seus cidadãos que viajavam com outros 34 migrantes indocumentados numa embarcação que partiu a 07 de Dezembro da costa de "um país vizinho" e naufragou no Mediterrâneo oriental, perto de Creta.

A Líbia é um importante centro de migrantes irregulares no Norte de África, servindo tanto como destino de trabalho como ponto de partida preferencial para aqueles que tentam atravessar o Mediterrâneo central em direcção à Europa, particularmente para Itália ou Malta.

 

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