FIGURA DE NETO

António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola

Agostinho Neto
     - Reprodução/Quino Viñas
Agostinho Neto Imagem: Reprodução/Quino Viñas

28/09/2023 15h14

Luanda - António Agostinho Neto nasceu na localidade de Kaxicane, município de Ícolo e Bengo, província de Luanda, considerada na altura a Joia do Ultramar Português, a 17 de setembro de 1922 e faleceu de doença em Moscovo, Antiga União Soviética, a 10 de setembro de 1979.

Agostinho Neto, que morreu aos 56 anos, foi médico, escritor, político, e principal figura de Angola no século XX.

O pai de Neto, Agostinho Pedro Neto, foi pastor e professor da Igreja Metodista e, a sua mãe, Maria da Silva Neto, igualmente professora.

Decidido a formar-se em Medicina, Agostinho Neto embarca para Portugal em 1947 e matricula-se na Faculdade de Medicina de Coimbra, e posteriormente na de Lisboa. Dois anos depois da sua chegada à Portugal, foi-lhe concedida uma bolsa de estudos pelos Metodistas Americanos.

Foi Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e em 1975 tornou-se o primeiro Presidente de Angola até 1979.

Fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo na independência dos seus países naquela que ficou designada a Guerra Colonial Portuguesa.

Neto foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), a polícia política do regime Salazarista então vigente em Portugal, e deportado para o Tarrafal, uma prisão política em Cabo Verde, sendo-lhe depois fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio.

Fora de Portugal, Manguxi, como era chamado pelos seus correligionários, assumiu a direcção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), do qual já era presidente honorário desde 1960.

Em paralelo, Agostinho Neto desenvolveu uma notável actividade literária, escrevendo poemas com dimensão internacional, nomeadamente, Quatro Poemas de Agostinho Neto em 1957; Poemas em 1961; Sagrada Esperança em 1974; Poemas em 1975; e Renúncia Impossível, publicado em 1982, após a sua morte.

Neto recebeu várias distinções internacionais pelos seus feitos como nacionalista e pan-africanista, designadamente, Ordem de Amílcar Cabral, Primeira Classe, de Cabo Verde; Ordem de Playa Girón, de Cuba; Ordem Nacional do Mérito - Grã-Cruz, da Guiné; Ordem da Mais Antiga Welwitschia Mirabilis, da Namíbia; Ordem do Mérito da República da Polónia; Primeira Classe; Comandante Supremo da Ordem dos Companheiros de Oliver Tambo, da África do Sul; Prêmio Lenine da Paz, da União Soviética; Ordem da Estrela Jugoslava; e Destinatário da Ordem Real de Monomotapa, do Zimbabwe.

Em 1970 Agostinho Neto foi galardoado com o prêmio Lotus, atribuído pela 4ª Conferência dos Escritores Afro-Asiáticos.

A título póstumo, recebeu o Doutoramento Honoris Causa póstumo pela Universidade Agostinho Neto em 26 de setembro de 2018.

Agostinho Neto casou-se com a escritora Maria Eugénia Neto, com quem teve três filhos.

No dia 17 de Setembro, Angola celebra o Dia do Herói Nacional, em saudação a data de nascimento de Agostinho Neto.

Se estievesse vivo, o Guia Imortal da Revolução Angolana completaria 101 anos.

 

Mais lidas


Últimas notícias