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Figura de Viriato da Cruz enaltecida em Porto Amboim

Nacionalista Viriato da Cruz
Nacionalista Viriato da Cruz Imagens: DR

Redacção

Publicado às 19/06/2023 07h25 - Atualizado às 19/06/2023 07h25

 Porto Amboim – A figura do político, líder anticolonial e escritor angolano, Viriato da Cruz, foi enaltecida sábado último, na cidade de Porto Amboim, Província do Cuanza-Sul, pelo seu contributo à pátria.

Falando durante a abertura da semana em sua homenagem, o coordenador do Centro de Estudos Africanos da Universidade Católica de Angola, Nelson Pestana, disse que o nacionalista, nascido em Porto Amboim, em 25 de Março de 1928, merece respeito e admiração até das gerações vindouras, pois sonhava com a liberdade e aspirava o raiar da luta.

“Não é por acaso que o seu contributo como político merece todo respeito daqueles que lutaram ao seu lado como património intelectual do país, e que deu um grande contributo ao país”, sublinhou.

Por seu lado, dissertando sobre “Viriato da Cruz e a literatura angolana”, o professor investigador da UCAN, Osvaldo da Silva, destacou o legado desta personalidade na literatura.

“O seu legado na literatura prende-se com o seu percurso como poeta, que desde os seus 16 anos, com publicações, demonstrou uma vasta cultura literária, profunda definição e visão do mundo”, realçou.

O Presidente do Instituto Superior Politécnico do Porto Amboim, António Quitério, apelou a uma reflexão profunda sobre o contributo de Viriato da Cruz na política e na literatura angolana.

Anunciou a construção de um memorial “Viriato da Cruz” e com ajuda dos naturais e amigos do Porto Amboim, a construção, igualmente, de um memorial da família e a casa da juventude, com vista a eternizar os seus feitos. Destacou a colectânea de Poemas de Viriato da Cruz 1947-1950.

Notas sobre Viriato da Cruz

Viriato Francisco Clemente da Cruz, nasceu em Porto Amboim, no dia 25 de março de 1928, e morreu em Pequim, a 13 de Junho de 1973.  Fez  os seus estudos de liceu em Luanda, na escola Salvador Correia.

Em 1948 lança o mote «Vamos Descobrir Angola», época em que começou a frequentar a Associação dos Naturais de Angola (ANANGOLA) onde, com Higino Aires, António Jacinto e Mário António de Oliveira. Em 1951, foi editado o primeiro número da revista Mensagem e criado o Movimento dos Novos Intelectuais de Angola (MNIA).

Nos anos cinquenta esteve em contacto com a movimentação anticolonial clandestina em Luanda, incluindo o Partido Comunista Angolano (PCA), fundado naquela altura. Abandonou Angola por volta de 1957 para París (França), onde se encontrou com Mário Pinto de Andrade, desenvolvendo actividades políticas e culturais.

A primeira digressão pela China Continental foi em Novembro de 1958, e durou três semanas. Tanto Viriato da cruz e Mário Pinto de Andrade, foram a Pequim, Xangai e Guangzhou.

Como político foi secretário-geral do MPLA.

No dia 26 de Dezembro de 1990, os seus restos mortais chegaram a Angola, onde foi sepultado.

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