Fazedores de cultura defendem inclusão de grupos minoritários


Luena – Os fazedores de cultura e participantes da I edição do Festival da Região Leste do país, denominado Ngeya, defenderam a diversificação e inclusão, no evento, dos grupos étnicos minoritários do mosaico multicultural desta circunscrição, para permitir maior expressividade e valorização.
Em declarações hoje à ANGOP, o coordenador do grupo Tchinguvu, proveniente da província da Lunda Norte, Rogério Muquena, destacou a dimensão do festival no resgate dos valores culturais da região.
Entretanto, defendeu a continuidade do evento, patrocinado pela Sociedade Mineira de Catoca, e o enquadramento de grupos pouco expressivos da região.
Por seu lado, o responsável do grupo da tribo Macoma "Malimba", Francisco Jamba, realçou a troca experiências entre grupos étnicos da região
que o evento proporcionou, desde o estilo musical e a forma peculiar de dançar.
Na mesma senda, Jacob António, chefe do grupo Nhamuso, disse que o Ngeya poderá constituir-se em modelo para estimular a criatividade e manifestação culturais de outros grupos das diferentes regiões do país, permitindo a divulgação em massa dos hábitos e costumes.
Zito Joãozinho, do grupo Maringa, da Lunda Norte, lembrou a necessidade de se salvaguardar a cultura Lunda Cokwe, por ser a principal ferramenta de identidade.
Ngeya, um evento cultural sem fins competitivos, teve a participação de 11 grupos folclóricos, totalizando a participação de 126 artistas, durante os dois dias na cidade do Luena.
Depois da Lunda Norte, que organizou a fase experimental em 2022, e o Moxico a I edição, a província da Lunda Sul será o palco da próxima festividade, prevista para 2024.

