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Fazedores de cultura defendem inclusão de grupos minoritários

Festival Ngeya homenageia instrumento de percussão Kalyalya - Angop
Festival Ngeya homenageia instrumento de percussão KalyalyaImagem: Angop

26/06/2023 14h47

Luena – Os fazedores de cultura e participantes da I edição do Festival da Região Leste do país, denominado Ngeya, defenderam a diversificação e inclusão, no evento, dos grupos étnicos minoritários do mosaico multicultural desta circunscrição, para permitir maior expressividade e valorização.

Em declarações hoje à ANGOP, o coordenador do grupo Tchinguvu, proveniente da província da Lunda Norte, Rogério Muquena, destacou a dimensão do festival no resgate dos valores culturais da região.

Entretanto, defendeu a continuidade do evento, patrocinado pela Sociedade Mineira de Catoca, e o enquadramento de grupos pouco expressivos da região.

Por seu lado, o responsável do grupo da tribo Macoma "Malimba", Francisco Jamba, realçou a troca experiências entre grupos étnicos da região

que o evento proporcionou, desde o estilo musical e a forma peculiar de dançar.

Na mesma senda, Jacob António, chefe do grupo Nhamuso, disse que o Ngeya poderá constituir-se em modelo para estimular a criatividade e manifestação culturais de outros grupos das diferentes regiões do país, permitindo a divulgação em massa dos hábitos e costumes.

Zito Joãozinho, do grupo Maringa, da Lunda Norte, lembrou a necessidade de se salvaguardar a cultura Lunda Cokwe, por ser a principal ferramenta de identidade.

Ngeya, um evento cultural sem fins competitivos, teve a participação de 11 grupos folclóricos, totalizando a participação de 126 artistas, durante os dois dias na cidade do Luena.

Depois da Lunda Norte, que organizou a fase experimental em 2022, e o Moxico a I edição, a província da Lunda Sul será o palco da próxima festividade, prevista para 2024.

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