CONCERTO
Músicos franceses trocam experiências com percussionistas angolanos

28/03/2024 14h19
Luanda - A banda musical francesa BKB composta pelas irmãs Melissa, Ophélie e Aicha trocaram experiências em palco, terça-feira, em Luanda, com os estudantes da Fundação Arte e Cultura (FAC), no concerto denominado “Ensemble de Percussão”.
Segundo o Jornal de Angola, o concerto foi realizado no âmbito das festividades da francofonia, aberto a 14 do mês em curso, no Shopping Fortaleza, na capital do país, com a inauguração da exposição intitulada "Kubuni: Bandas desenhadas de África”, com 12 quadros e fica patente até domingo, e a performance da cantora angolana Sara Saka.
Para o espectáculo de percussão, a responsabilidade de abrir a noite pertenceu dos estudantes da FAC, que apresentaram duas performances com os instrumentos de percussão, com destaque para o batuque.
A dança Bakongo e o estilo de música Semba, também estiveram em evidência durante o espectáculo preconizado por adolescentes. De seguida, as irmãs Aicha e Ophélie trocaram experiências em palco com os estudantes, numa única performance. As francesas mostraram que dominam os instrumentos de percussão e tocarem a marimba. Foi uma fusão de músicas africanas e electrónicas.
Para o estudante da Fundação, Ernesto Carlos, foi uma experiência única com a partilha de conhecimentos com o grupo BKB. "Não sou um falante da língua francesa, mas durante os ensaios tivemos apoio de um tradutor para facilitar a comunicação”.
Inara Vicente, outra estudante de música na Fundação, corroborou com o colega, sublinhando que a experiência foi positiva e gratificante, porque as irmãs Aiche e Ophélie facilitaram a interacção durante e após os ensaios.
Numa conversa de bastidores, os alunos foram unânimes e afirmaram que no início do espectáculo estavam ansiosos e expectantes. O nervosismo afectou-os que em determinados momentos saiam das notas. Mas foi por pouco tempo, o suficiente para que o público não notasse. "Tivemos dois dias de ensaios que não foi tempo suficiente, mas como temos a base conseguimos gerir a situação e o espectáculo correu muito bem”, ressaltaram.
Por seu lado, a artista francesa Aicha Hié disse que trabalhar com as crianças da Fundação foi agradável e recompensador pela dedicação e energia positiva que transmitem. Uma vez que já tocam, disse, o aprendizado foi de certa forma rápido, apesar das barreiras linguísticas.
"Estou a gostar bastante de estar em Angola, as pessoas são maravilhosas. Notámos que gostaram muito de arte e de interagir e conhecer novas culturas. São poucas vezes que o público pede para os artistas regressarem ao palco depois do final de qualquer espectáculos. Isso foi espantoso e reconfortante”, afirmou
A directora da Aliança Francesa, Melanie Le Bihan referiu que o concerto de parceria franco-angolana fecha as festividades da francofonia. Durante duas semanas de actividades, garantiu, o balanço foi positivo.