Movimento "Kizomba na Rua" ensina dança a custo zero


Luanda - O movimento Kizomba na Rua leva centenas de pessoas, provenientes de várias partes, à Baía de Luanda todos os Domingos para dançarem ao som de estilos musicais semba e kizomba.
A iniciativa, que surgiu há mais 12 anos, é do movimento Kizomba na Rua formado por jovens dançarinos que emprestam o seu saber para ensinarem, a custo zero, quem esteja interessado a aprender a dançar.
Délcio Miguel, membro fundador do movimento, contou à Rede Girassol que o Kizomba na Rua surgiu depois da realização do primeiro concurso de semba e kizomba.
Délcio afirmou que, na altura, os amantes da dança tinham dificuldades de se encontrar excepto em fase de castings. E, para mudar a situação, alguns jovens, incluindo os vencedores do concurso, decidiram dar início ao movimento na baía de Luanda.
Actualmente, mais de 20 professores de diferentes escolas de dança estão à disposição do movimento que pretende levar o Kizomba na Rua a outras partes do país.
De acordo com Délcio Miguel, a intenção não é levada a cabo por dificuldades que o movimento enfrenta.
Para melhorar o movimento, ainda a nível de Luanda, Délcio Miguel fala da necessidade de aquisição de materiais como lâmpadas para permitir melhor iluminação do espaço em que dançam, colunas de som, computador e outros para uma melhorar experiência.
Diferentes pessoas asseguram que, graças ao movimento, que que reúne todos os domingos, a partir das 18:30 minutos, aprenderam a dançar.
Kizomba como património cultural
No princípio deste mês, o governo angolano declarou os géneros de música e dança Kizomba como património cultural e imaterial do país no domínio das práticas sociais, rituais e actos festivos.
A declaração como património cultural e imaterial, publicada em Diário da República no dia 4 de Maio do ano em curso, visa “evitar a sua usurpação” e a promoção de medidas tendentes a sua valorização e preservação para as gerações futuras”.