Luanda - O edifício sede da Rádio Nacional de Angola (RNA) e o Clube Desportivo e Centro Recreativo Marítimo da Ilha, localizados em Luanda, foram classificados, pelo Ministério da Cultura, como Património Cultural Nacional e Sítio de Interesse Histórico Nacional, respectivamente.

De acordo com decretos executivos exarados pelo ministro da Cultura, Filipe Zau, e já publicados em Diário da República, esta quinta-feira, o edifício da RNA é considerado um marco da história da Comunicação Social em Angola, tendo desempenhado um papel crucial na formação da identidade nacional e na difusão de conteúdos informativos e culturais, ao longo das últimas décadas.

O seu reconhecimento como Património Cultural Nacional, adianta o decreto, implica a protecção legal do imóvel e a implementação de medidas de conservação e salvaguarda, assegurando a sua preservação para as gerações futuras, pela sua relevância histórica, arquitectónica e simbólica para o país.

O acto de reconhecimento do edifício sede da Rádio Nacional de Angola reforça o compromisso das autoridades com a defesa da memória colectiva e a valorização dos símbolos que testemunham o percurso histórico do país no sector da Comunicação Social, fundamenta o documento, adiantando que a distinção enquadra-se nas políticas de preservação e valorização do património cultural, promovidas pelo Governo.

Relativamente ao Clube Desportivo e Centro Recreativo Marítimo da Ilha, classificado como Sítio de Interesse Histórico Nacional, o decreto menciona o facto de o mesmo constituir-se num dos importantes locais de memória da cidade de Luanda e por ter cumprido incontornavelmente o seu relevante papel histórico junto de uma das correntes do nacionalismo angolano.

O Ministério da Cultura classificou também como Património Cultural Imaterial Nacional a dança tradicional Olundungo, símbolo cultural da região do Huambo, o tambor Chinguvo, no domínio dos saberes e ofícios tradicionais, e o instrumento musical Hungo, no domínio do saber de ofícios tradicionais, assim como os 19 jogos tradicionais dos povos do Sul de Angola, no domínio das disposições artísticas e das práticas sociais, rituais e eventos festivos.