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Filmes de Kamy Lara e Rui Simões vencem quarta edição do festival "DocLuanda"

Cinema ao ar livre
Cinema ao ar livre Imagens: Rede Girassol

Redacção

Publicado às 14h16 17/04/2025 - Actualizado às 14h19 17/04/2025

Luanda - Os filmes “Fuckin Globo”, de Kamy Lara, e “Linha de Água”, do realizador português Rui Simões, venceram as categorias nacional e internacional, respectivamente, da quarta edição do Festival "DocLuanda".

De acordo com o júri, o documentário “Memória Viva”, do brasileiro William Ribodias, mereceu as distinções de Melhor Imagem e prémio GPL - Luanda Precisa de Ti, enquanto para Melhor Edição foi distinguida Gretel Marin, com o documentário “Fuckin Globo”.

Integraram o júri nacional Carlos Ornelas, Irene A’Mosi e Miguel Hurst, para os filmes de produção nacional, enquanto para os estrangeiros o júri foi formado por José Mena Abrantes, Latifa Said e Tomás Donela.

Este ano, a exibição dos filmes, quer nacionais quer internacionais, decorreram, em simultâneo, nas salas Cinemax/Fortaleza, Shopping Avenida (Zap) e no Camões – Centro Cultural Português.

O programa do festival contemplou uma homenagem a Nguxi dos Santos, que fez a estreia do seu documentário “Contributo dos Angolanos para a Rumba Congolesa”, que, de acordo com o director do festival, Jorge António, foi o melhor filme do realizador.

Por sua vez, o homenageado afirmou não ter sido fácil produzir e filmar, na República Democrática do Congo (RDC), esperando que consiga vender o filme em canais de televisão nacionais e estrangeiros.

“A parte mais emocionante foi constatar que os congoleses ficaram surpreendidos com a realidade de que Sam Mangwana é angolano e tantos outros músicos que enriqueceram o panorama artístico da RDC, como Manuel d’Oliveira”, disse Nguxi dos Santos, citado pelo Jornal de Angola.

Além dos documentários musicais, desportivos e políticos, o "DOCLuanda" recebeu nesta edição alguns filmes experimentais, cujos realizadores tiveram a sua primeira experiência na arte de filmar e de realizar.

O Festival Internacional de Cinema Documental nasceu no Camões – Centro Cultural Português, em 2022, sob direcção de Jorge António, em estreita parceria com o produtor Henrique Santos. Trata-se de um projecto cultural, artístico, com um cariz pedagógico muito vincado, segundo o director do festival.

Defende que o "DocLuanda" constitui um espaço para que os jovens cineastas possam exibir os seus documentários, que não tendo em Angola o mesmo apelo que os filmes de ficção, são, “igualmente, importantes para a expressão artística e para abordar questões sociais, políticas e culturais”.

O festival proporciona um espaço de encontro e intercâmbio entre profissionais do audiovisual, cineastas, produtores, distribuidores, entre outros, estimulando a troca de ideias e a construção de redes dentro da comunidade.

Por sua vez, Henrique Santos, que assegura toda a imagética e produção executiva do festival, referiu que o "DOCLuanda" é também um espaço de promoção de outras expressões culturais, como as artes visuais, artes performativas e música, com a oferta de espectáculos gratuitos diversificados.

A banda Ohali exibiu músicas electro-acústicas, no formato de live e improviso, com misturas de ritmos africanos, na noite de terça-feira, ao palco do auditório "Pepetela", no Camões - Centro Cultural Português, em Luanda, no penúltimo dia do Festival Internacional de Cinema Documental (DOCLuanda).

A banda, que existe há dois anos e já actuou ao vivo nas províncias de Luanda, Huíla, Benguela e Zaire, mostrou o vasto manancial musical que possui, misturando ritmos do continente berço da humanidade e temas electro-acústicos e de improviso.

Tiago Oliveira, um dos membros do grupo, disse, em declarações ao Jornal de Angola, sentir-se satisfeito pela actuação na programação do festival, e frisou que a banda influenciou positivamente muitos fãs e seguidores com as letras e conteúdos disponibilizados. 

O director do Festival Internacional de Cinema Documental (DOCLuanda), Jorge António, disse, ao balancear os sete dias de actividade, que correu tudo como previsto, afirmando que ficou surpreendido com a enchente nas sessões e exibições de filmes. 

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