Cultura

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Importância dos valores culturais para o cidadão angolano esteve em debate

Participantes no Simpósio
Participantes no Simpósio Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 11h42 23/05/2025 - Actualizado às 11h42 23/05/2025

Luanda - As políticas criadas para o aprendizado das línguas nacionais, os valores e a importância da preservação dos hábitos e costumes para que se tenha uma sociedade coesa, estiveram em evidência, ontem, na Faculdade de Ciências Sociais e da Universidade Agostinho Neto, em Luanda, durante o painel “A Personalidade do Cidadão Angolano”, do simpósio sobre a importância da Cultura Nacional.

 Segundo notícia do Jornal de Angola, organizada pela Liga Africana, em parceria com a Faculdade de Ciências Sociais, a actividade visou, igualmente, elucidar a sociedade, em especial as camadas jovens, sobre a necessidade de preservarem os valores culturais.

Com o tema “A Cultura Fortalece a Nação e a Personalidade do Cidadão Angolano”, o evento teve como prelectores Tony Nguxi, Abreu Paxe e António Fonseca.

O músico Tony Nguxi explicou que é necessário que se preserve a cultura para as gerações vindouras. Elucidou que “muitos jovens não conhecem as suas raízes porque foram invadidos por inverdades, uma grande diferença entre aprender as línguas nacionais em Luanda e em outras províncias, porque lá as pessoas preservam a identidade e sabem o verdadeiro valor que possuem”.

Já António Fonseca, afirmou que a cultura, no seu pluralismo de estações, constitui o alicerce fundamental sobre a sociedade. “A nação angolana obedece a três princípios fundamentais, a unidade nacional, assente no processo de identidade comum, a preservação e a diversidade cultural”.

Por sua vez, o académico Abreu Paxe disse que a cultura, normalmente, é reduzida às coisas que são relacionadas ao que se escreve, dança e ao que se canta, reforçando que é necessário que essa ideia errónea seja reconstruída, porque a cultura é o que também se faz nas escolas e nos campos.

“A cultura, que engloba valores, tradições, costumes, práticas artísticas e o conhecimento transmitido de geração em geração, contribui significativamente para a construção da identidade nacional, da unidade social e do crescimento económico”, sublinhou.

O presidente da Liga Africana, Óscar Guimarães, adiantou que o programa de actividades não se esgota nos temas dos três dias do simpósio, tendo garantido que, ao longo do ano, serão realizados mais eventos para debater outros aspectos importantes da cultura nacional, como as línguas nacionais e a toponímia.

Na quarta-feira, o simpósio aconteceu na Universidade Jean Piaget, numa mesa-redonda composta pelo músico Carlos Lamartine e os académicos Pedro Rosa e Constância Ceita, que debateram sobre o cancioneiro angolano.

No primeiro dia, os académicos Carlos Mariano Manuel, Eduarda Valente, António Quino e David Capelenguela, sob moderação de Kiala Gabriel, abordaram o tema “Liga Africana – Embrião do Nacionalismo Angolano”.

A actividade teve início no dia 20, no âmbito das celebrações do 50º Aniversário da Independência de Angola e em saudação ao 25 de Maio, Dia de África.

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