Memórias dos conflitos de 1992/93 apresentadas em Livro em Benguela


Benguela - O jornalista Jaime Azulay apresentou, ontem, publicamente, o seu primeiro livro intitulado “Benguela a ferro e fogo – Memórias das guerras de 1992/93”, num acto realizado no Museu Nacional de Arqueologia, com a presença do governador provincial de Benguela, Manuel Nunes Júnior.
Ao apresentar a obra, o jornalista Rui Vasco afirmou que quando a história é contada com base em factos, como faz Jaime Azulay, ela proporciona uma tradução fiel dos fenómenos e da realidade vivida.
Rui Vasco explicou que o livro foi escrito por um jornalista que contextualiza diversos acontecimentos, narrando factos como a Batalha do Cuito Cuanavale, o fim da Guerra Fria, perfis e personalidades de figuras marcantes da política angolana, o valor da amizade, a insensatez humana, a honra, a cumplicidade, a irmandade, a lealdade, entre outros temas.
A obra, segundo ele, também lembra o quanto podem ser penalizadores e, por vezes, trágicos o extremismo, a intolerância e a arrogância, levando o leitor a reflectir e a valorizar sentimentos como o amor ao próximo, a solidariedade, o companheirismo e a amizade.
Rui Vasco destacou, ainda, que o convite à leitura da obra parte da premissa de que os leitores vão ter contacto com pessoas reais, heróis anónimos, exemplos de patriotismo e dedicação à Pátria.
O autor da obra, por seu tuno, afirmou que a história deve ser contada por aqueles que a fizeram e que guardam registos que podem torná-la mais completa e fiel.
Jaime Azulay disse ter reflectido durante muito tempo sobre a pertinência de publicar o livro sobre os confrontos pós-eleitorais em Benguela.
O jornalista alertou que a obra não é uma apologia da guerra, mas uma reflexão na qual se compromete a viver em paz com o respeito pela verdade.