Lubango – A exposição artística “Vozes de Esperança”, inaugurada esta quarta-feira, no Lubango, homenageia o legado de António Agostinho Neto, reverenciando a poesia e a imagem, para celebrar o 103º aniversário do fundador da Nação.

A exibição pretende conectar o espírito da luta pela independência com os desafios actuais de Angola, convidando o público a refletir sobre a jornada do país como nação e como cultura, até ao dia 30 do mês em curso.

A exposição reúne nove poemas do primeiro Presidente de Angola, associados a fotografias que retratam a diversidade, a força e a esperança do povo. As obras escolhidas procuram transformar o espaço em memória, reflexão e inspiração para as novas gerações.

Entre os poemas destacados estão “Mussunda Amigo”, dedicado a um homem simples e trabalhador, assim como “Para ti também”, que universaliza a luta angolana como causa de todos os povos oprimidos.

Obras como “Havemos de voltar” e “Quero voltar” evocam a saudade da terra natal livre, enquanto “Adeus à hora da largada” e “Despedida” recordam as partidas forçadas e a coragem dos combatentes.

Em declarações à imprensa, o governador da Huíla, Nuno Mahapi, que inaugurou a exposição, afirmou que é um tributo vivo ao pensamento de Neto e um convite à juventude para cultivar valores de solidariedade, patriotismo e confiança no futuro de Angola.

António Agostinho Neto nasceu a 17 de Setembro de 1922, em Icolo e Bengo, foi médico, poeta e político, líder do MPLA e primeiro Presidente da República de Angola, tendo proclamado a independência nacional a 11 de Novembro de 1975.

É considerado o “Poeta Maior” da literatura angolana, autor de Sagrada Esperança e de outros textos que exaltam a luta de libertação, a dignidade humana e a unidade nacional. Neto morreu a dez de Setembro de 1979.